Este ano, quando entregar a sua declaração de IRS, lembre-se que pode ajudar os mais carenciados. Basta preencher o quadro 11 do Modelo 3, selecionando se é uma instituição religiosa, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) ou Pessoa Coletiva de Utilidade Pública e colocar o respetivo Número de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC).Quadro 11 do rosto do Modelo 3, e não (como nos anos anteriores) no quadro 9 – Anexo H.
Com a ajuda de um grupo de especialistas de várias áreas, habituados a estar no terreno, selecionámos 20 associações que todos os dias precisam de mais meios para continuar o seu trabalho meritório. Veja os conselhos de Dulce Rocha, Conceição Zagalo, Rui Marques e Mercedes Balsemão. E, se quiser, consulte aqui a lista completa e oficial dos mais de 2000 possíveis beneficiários.
Associação Famílias Diferentes
NIPC 513 195 769
Apoiam famílias carenciadas, seguindo princípios cristãos, em Gaia, Peniche e Lisboa (zona de Olivais Norte e Prior Velho). Prestam ajuda alimentar, acompanhamento individual, apoio a sem-abrigos e têm uma loja social/banco do tempo.
Sol – Associação de Apoio às Crianças Infetadas pelo Vírus da Sida e Suas Famílias
NIPC 503 075 922
Desde 1992 que a associação promove a igualdade de tratamento e apoio na luta contra a discriminação e na promoção da cidadania e dos direitos do Homem e da Criança. Para Dulce Rocha, do Instituto de Apoio à Criança, “antes da Sol, as crianças que nasciam com HIV eram muito discriminadas. Ninguém as queria receber. A situação alterou-se, felizmente. A sida tornou-se uma doença crónica. As crianças cresceram, sempre com fragilidades, claro, mas com esperança de vida, e atualmente os adolescentes lutam por encontrar quem lhes dê trabalho. Ultimamente, a grande preocupação da Teresa Almeida era justamente encontrar trabalho para os seus meninos.”
APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil
NIPC 502 886 412
Há mais de 20 anos que a associação trabalha para a promoção de comportamentos e práticas e a fim da criação de ambientes e produtos seguros que garantam às crianças e jovens um crescimento saudável. O seu objetivo principal é reduzir o número e a gravidade dos acidentes e as suas consequências nestas faixas etárias.
Ajuda de Mãe
NIPC 502 617 780
Fundada em 1991, por iniciativa de um grupo da sociedade civil para apoiar cada mãe, cada família de modo a receber o bebé em condições dignas, promovendo o bem-estar físico, emocional e social das grávidas.
IAC – Instituto de Apoio à Criança
NIPC 501 377 662
“Vamos fazer 33 anos e a crise abalou muito as nossas finanças. Claro que, durante muito tempo, o prestígio da doutora Manuela Eanes garantiu os nossos financiamentos, mas agora a situação alterou-se e os projetos ressentem-se: a Linha SOS Criança é um verdadeiro serviço público de grande alcance e de primeira necessidade. O Projeto Rua, com as iniciativas únicas, de giros noturnos, no apoio aos adolescentes de risco mais difíceis, presta um apoio especial aos mais vulneráveis: os que fogem, os que desaparecem, os filhos de ninguém… O nosso serviço jurídico presta apoio especializado às questões mais complexas. Desde as regulações em casos de divórcios às questões dos abusos sexuais. São serviços caros, mas indispensáveis, e que só as ONG podem prestar”, explica Dulce Rocha, vice-presidente do IAC
Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos
NIPC 504 615 483
Atuam nos concelhos de Lisboa, Loures e Amadora, onde se concentra grande parte da comunidade cigana nacional. Nos oito centros de atividades, têm jardins de infância, ocupação de tempos livres (6-18 anos), no centro comunitário fazem atendimento, sensibilização para questões de saúde, de escolarização, intervenção cívica e cuidados ambientais, entre outras temáticas. Prestam ainda apoio alimentar a 170 famílias.
Aguinenso – Associação Guineense de Solidariedade Social
NIPC 501 808 272
Emigrantes que apoiam diversas comunidades na Zona J, no bairro de Chelas, em Lisboa, desde guineenses, portugueses, angolanos, cabo-verdianos, são-tomenses, ucranianos, nigerianos. Apoio alimentar, jurídico, de inserção profissional e de cuidados médicos.
Aldeias de Crianças SOS
NIPC 500 846 812
“Amor e um lar para cada criança” resume a missão da associação que está há mais de 50 anos em Portugal e já ajudou na construção de mais de 500 vidas de crianças desprotegidas.
CAIS – Associação de Solidariedade Social
NIPC 503 404 756
“A CAIS, a cuja assembleia-geral tenho o privilégio de presidir, é uma associação que tem como missão contribuir para a melhoria das condições de vida de pessoas social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco. Anteriores coletas foram cruciais para conseguir capacidade de resposta a problemas concretos, designadamente os que, via criação de micro-negócios e prestação de serviços, permitiram preparar e integrar no mercado de trabalho um número significativo de cidadãos”, afirma Conceição Zagalo.
Centro de Solidariedade Social Padre José Filipe Rodrigues
NIPC 502 377 380
Situado na freguesia de Zibreira, em Torres Novas, concelho de origem de Conceição Zagalo, presidente da assembleia-geral da CAIS, este equipamento social presta apoio a 20 idosos em centro de dia, 16 em apoio domiciliário e 46 em lar. “A chegada a esta associação não é o fim da linha. É, sim, um espaço de vida, de dinâmica, de alegria e, sobretudo, de carinho e atenção. Com uma equipa extremamente dedicada e empenhada em fazer deste equipamento um verdadeiro porto seguro para os seus utentes, o centro desenvolve atividades tão diversas, como momentos mais tecnológicos, que colocam em contacto os familiares distantes, o regresso à escola ensinando a ler quem não teve a oportunidade em tempo devido, as máscaras de Carnaval ou a confeção de iguarias tradicionais em épocas festivas, como as broas nos Santos ou os fritos de Natal. A consignação de 0,5% do IRS permitirá, por exemplo, adquirir uma carrinha com rampa elevatória, que permita transportar utentes e assim concretizar sonhos de vida nunca antes conseguidos, como seja uma viagem a ver o mar, à serra da Estrela ou ao Santuário de Fátima, afinal ali tão perto. Mas poderá também possibilitar a viagem de sempre a França para saber onde e como vive a família, há tantos anos emigrada, ou reunir, finalmente e à volta da mesa, todos os familiares separados ao longo da vida.”
AFID – Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa com Deficiência
NIPC 501 537 775
“A AFID celebrou 30 anos de existência, em 2015. Ao longo do seu vasto percurso criou também a Fundação AFID Diferença, que por sua vez comemorou 10 anos, uma instituição de solidariedade social que se dedica a iniciativas de reabilitação, educação, formação e inserção socioprofissional de pessoas com deficiência. Desenvolve igualmente um conjunto de atividades de apoio à comunidade e serviços de proximidade nos domínios da assistência e solidariedade social, apoio à infância e à terceira idade. É a primeira Instituição da área social em Portugal certificada ao nível da qualidade. Atualmente, a AFID atende perto de 1500 pessoas para as quais trabalham diariamente 192 colaboradores. O resultado financeiro desta contribuição vai ser aplicada nas despesas de 12 jovens com deficiência mental e multideficiência, que não têm família e se encontram a cargo da AFID em termos de tutoria”, explica Conceição Zagalo.
CPR – Conselho Português para os Refugiados
NIPC 503 013 862
“A mais antiga instituição que se dedica em Portugal ao acolhimento de refugiados e à defesa desta causa”, justifica Rui Marques, presidente da direção do Instituto Padre António Vieira
Serviço Jesuíta aos Refugiados – JRS Portugal
NIPC 504 776 150
Para Rui Marques, presidente da direção do Instituto Padre António Vieira, é uma “associação com trabalho direto de terreno, com acolhimento e integração de refugiados”.
IPAV – Instituto Padre António Vieira
NIPC 507 143 841
Associação que coordena todo o trabalho da Plataforma de Apoio aos Refugiados em Portugal.
Cruz Vermelha Portuguesa
NIPC 500 745 749
Fundada em 1865, tem atuado em cenários emergentes de conflitos armados e/ou de desastres e catástrofes naturais, tanto em território nacional como internacional. Todos os dias presta assistência humanitária e social, em especial aos grupos mais vulneráveis – idosos, dependentes, crianças, vítimas de violência doméstica, pobres, imigrantes, sem-abrigo, toxicodependentes, reclusos, pessoas com deficiência, entre outros.
Amnistia Internacional
NIPC 501 223 738
Galardoada com o Prémio Nobel da Paz em 1977, pela sua missão de defesa dos Direitos Humanos, a Amnistia conta com mais de sete milhões de apoiantes e membros em todo o mundo, desenvolvendo o seu trabalho em mais de 150 países e territórios, desde 1961.
Associação Portuguesa para as Perturbações de Desenvolvimento e Autismo de S. Miguel e Santa Maria
NIPC 512 076 057
Para Mercedes Balsemão, presidente e cofundadora da SIC Esperança, a APPDA de S. Miguel e Santa Maria assume-se, atualmente, como “uma resposta eficaz para os casos de autismo nos Açores, estando sediada em Ponta Delgada. Com valências de Centro de Atendimento e Acompanhamento Psicossocial, presta apoio direto a cerca de 50 utentes. Pontualmente, dá também apoio a casos das restantes ilhas do arquipélago dos Açores. A associação tem como missão promover a qualidade de vida e a integração social das pessoas com perturbações do desenvolvimento e do espetro autista através da promoção de medidas adequadas, quer nas áreas de formação e da educação, quer no apoio prestado aos pais. Entre outras, oferece aos seus utentes a musicoterapia, uma terapia eficaz na promoção do desenvolvimento social dos seus beneficiários.”
Cáritas Diocesana de Beja
NIPC 500 918 449
Para Mercedes Balsemão, presidente e cofundadora da SIC Esperança, a Cáritas Diocesana de Beja “destaca-se pelo trabalho realizado no distrito, que, através da diversidade de respostas sociais que oferece, presta um apoio fundamental a indivíduos e famílias, em situação de carência económica, que não dispõem de recursos financeiros suficientes para fazer face às suas necessidades”.
ACEP – Associação Cultural e de Educação Popular
NIPC 500 794 979
“Sediada na freguesia da Meadela, concelho de Viana do Castelo, a ACEP desenvolve o seu apoio em quatro setores de atividade: infantil, juvenil, adultos e artes e espetáculos. Pela sua diversidade, representa uma mais-valia para a população que beneficia, promovendo respostas às necessidades reais de toda a população. Desenvolve atividades e serviços com vista à promoção e integração social dos indivíduos e suas famílias, estimulando uma sociedade mais participativa”, afirma Mercedes Balsemão, presidente e cofundadora da SIC Esperança.
Associação Coração Amarelo
NIPC 504 813 846
Associação de referência no combate ao isolamento social dos idosos, a associação foi fundada em 2000, contando atualmente com cerca de 700 voluntários a nível nacional e sete delegações a atuar pelo País: Lisboa, Oeiras, Cacém, Cascais, Sintra e Porto. Promove, entre outras, iniciativas que visem apoiar pessoas em situação de solidão e/ou dependência, preferencialmente as mais idosas. Os voluntários acompanham os beneficiários da associação, quer no seu domicílio – lendo, escrevendo cartas, preenchendo documentos, entre outras atividades que lhe possam ser úteis – quer no exterior – acompanhando ao correio, à igreja, ao banco, ao médico, ao hospital, a casa de familiares ou amigos. O desenvolvimento destas e de outras ações levadas a cabo pela associação inserem-se na procura da prática de uma nova cidadania e no reforço das redes de solidariedade intergeracional”, declara Mercedes Balsemão, presidente e cofundadora da SIC Esperança.
Campanha de Apoio aos Refugiados – SIC Esperança
A mais recente campanha de angariação de fundos, a decorrer até 17 de fevereiro, é o primeiro projeto de ajuda humanitária da SIC Esperança fora do território nacional. A missão é adquirir tendas familiares e kits individuais de emergência (toalha, cobertor térmico, garrafa de água, barra energética, roupa seca e sapatos) para serem distribuídos em campos de refugiados. O valor doado será entregue ao ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que ficará encarregue da aquisição, transporte e entrega de todos os materiais nos campos. Basta um telefonema (T. 760 300 500, custo da chamada €0,60 + IVA, dos quais €0,50 revertem para esta causa) ou uma transferência bancária para o IBAN PT50 0036 034499100016957 64.