Quando a crise de refugiados surgiu, vozes ecoaram, sobretudo nas redes sociais, com dúvidas diversas. Se são refugiados, como podem ter smartphones? Será que há terroristas entre eles? O medo causado pela desinformação e partilha de informações não confirmadas levou um grande número de pessoas a questionarem o acolhimento de refugiados.
Com o objetivo de combater o desconhecimento, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu atuar. À VISÃO Solidária, o vereador dos Direitos Sociais da autarquia, João Afonso, explicou que os principais objetivos são ”sensibilizar e informar a população sobre quem são os refugiados” e “desconstruir alguns mitos urbanos” ou “ideias mal formadas, que põem em causa a coesão e integração da comunidade dos refugiados em Lisboa e em Portugal”.
Assim, a partir de hoje, quarta-feira, será divulgado o primeiro cartaz desta campanha digital. As fotografias retratam vários movimentos históricos de refugiados, como os que aconteceram após a II Guerra Mundial, durante a guerra do Kosovo, e também na atualidade. As imagens são acompanhadas de frases alusivas à liberdade de Sophia de Mello Breyner, Clarice Lispector, Gabriel Garcia Marquez e Fernando Pessoa.
Os cartazes serão partilhados através de mupis espalhados pela cidade, ecrãs gigantes e nas redes sociais.
A campanha estará nas ruas por um período entre duas semanas a um mês e, nas palavras de João Afonso, espera-se que venha colmatar ”um pânico irracional que não está certo”.