Este está a ser o ano mais seco da História meteorológica registada em Portugal Continental. No final de julho, só havia dois graus de seca: extrema (em 44,8% do território) e severa (nos restantes 55,2%). Para se ter uma ideia da anormalidade que vivemos, compare-se a presente situação com julho de 2021, um mês já de si considerado seco pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e quando mais de metade do território se encontrava em algum patamar de seca, segundo a definição técnica: 4,4% em seca severa, 19,5%, moderada, 34,2%, fraca, 39,5%, normal, e 2,4%, chuva fraca. Desde pelo menos 1931, quando começaram a ser feitas medições fiáveis, nunca o País passou por uma situação destas.
Mas não estamos sozinhos – não que isso sirva de consolo. Um pouco por toda a Europa, ao fim de vários meses com níveis irrisórios de precipitação, a situação em agosto era dramática.