As tartarugas bebés são mais suscetíveis ao plástico que ingerem no mar do que as jovens e as mais velhas. Um estudo publicado na revista científica Nature, que analisou mil tartarugas mortas na Austrália, refere que metade dos répteis bebés tinham plástico no estômago, enquanto nas mais jovens o número diminuiu para 25% e, no caso, das adultas, para 16%.
O objetivo desta investigação, liderada por Britta Denise Hardesty, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, um instituto de pesquisa científica australiano, foi saber até que ponto o plástico é a causa de morte destes répteis e que implicações têm no seu habitat natural.
O número de plásticos encontrados no interior dos animais variou entre um e 300 objetos plásticos e os cientistas concluíram que, no caso das tartarugas, a probabilidade de morrerem depois de ingerirem 14 objetos é de 50%.
Aliás, um estudo anterior a este, demonstrou que a população desta espécie tem vindo a decair drasticamente, com 60% das espécies já extintas ou em vias de extinção.
Já não é novidade que os animais marinhos consomem plástico devido às toneladas de lixo que todos os dias que chegam ao mar. As tartarugas foram dos primeiros animais observador a consumir plástico, com relatos de estômagos cheios de detritos que remontam aos anos 1980.
Apesar de alguns tipos de plástico serem inofensivos para o sistema digestivo dos animais marinhos, outros há que se acumulam no interior do seu corpo e bloqueiam a respiração.
As tartarugas desempenham um papel fundamental na formação dos ecossistemas e é essencial perceber de que forma o plástico as afeta antes que desapareçam por completo.