António Costa já escolheu nove pessoas para o seu gabinete no Conselho Europeu, mas o processo de recrutamento continua. “A composição completa, incluindo nomes e funções da equipa que vai trabalhar com o presidente, será publicada a 1 de dezembro no site do Conselho Europeu”, explica à VISÃO Maria Tomasik, a polaca que já está a trabalhar como porta-voz de Costa. Nos bastidores, os contactos multiplicam-se e os currículos vão-se acumulando em cima da mesa de Pedro Lourtie, o diplomata que António Costa escolheu para seu chefe de gabinete. Mas, como contaram à VISÃO fontes de Bruxelas, os circuitos para conseguir trabalhar no Conselho Europeu passam muitas vezes por indicações informais. E é por isso que nos últimos meses tem havido vários contactos de bastidores para indicar nomes e candidatos que tentam, através de quem conhece Costa, fazer chegar os seus currículos.
A seleção, explica uma fonte conhecedora do processo, “é sempre pela análise dos currículos, mas evidentemente que há duas dimensões: o interesse individual e o apoio do Estado-membro”. Quem tem interesse em ir para o gabinete do presidente do Conselho Europeu costuma enviar o CV e, em seguida, pedir apoio para essa candidatura à Representação Permanente do seu país junto da União Europeia, ou ao seu governo, seja através do primeiro-ministro ou presidente do governo ou de quem tutela os Negócios Estrangeiros. “Eu recebi vários pedidos”, assume uma fonte que já trabalhou com António Costa e tem muitos contactos na Europa.