Marcelo Rebelo de Sousa felicitou o novo líder dos Estados Unidos da América através de uma nota publicada no site da presidência. O Presidente da República desejou “felicidades no novo mandato”, fazendo votos “na afirmação da relação transatlântica, da Democracia e os Direitos Humanos, na construção da Paz e do Progresso sustentáveis”. Marcelo lembrou ainda “que Portugal foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos EUA, a importância da Comunidade Portuguesa neste país, bem como a colaboração durante o seu primeiro mandato, nomeadamente a reunião na Casa Branca em 2018 e durante a pandemia”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, também deu os parabéns ao republicano pela vitória nas Presidenciais norte-americanas, através de uma publicação na rede social X. “Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATAO, e multilateral”, escreveu.
Já Paulo Rangel referiu à agência Lusa que “fosse para que candidato fosse, em nada alteraria, por um lado, a nossa relação institucional (…), multissecular de aliado, preferencial e, designadamente, de aliado na matéria de segurança e defesa dos Estados Unidos”. O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que o Executivo português está a “preparar um novo ciclo de relacionamento”, com os EUA, aproveitando a “tradição multissecular de segurança e defesa, nomeadamente no quadro da NATO e a nível multilateral”.
André Ventura, também comentou o que chamou de “grande vitória de Donald Trump nos EUA”. Numa publicação na rede social X, Ventura sublinhou a vitória republicana “contra os interesses do sistema instalado, contra os meios de comunicação social tradicionais, contra o globalismo woke”. “A América mudou hoje e virou à direita. A Europa tem de fazer o mesmo”, acrescentou.
A eurodeputada Catarina Martins também se manifestou nas redes sociais dizendo estar “muito preocupada, mas não surpreendida” com os resultados da noite eleitoral norte-americana. “Os democratas ignoraram a pobreza em casa e o genocídio em Gaza. Quando os progressistas abraçam o liberalismo e a guerra, a extrema-direita ganha”, escreveu.
No mundo
O presidente francês Emmanuel Macron também felicitou o novo presidente norte-americano nas redes sociais. “Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”, acrescentou o chefe de Estado francês que garantiu ainda estar “pronto para trabalhar” com Donald Trump.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, utilizou a mesma plataforma para felicitar Trump pela sua vitória, sublinhando que a “UE e os EUA são mais do que apenas aliados”. “Estamos unidos por uma verdadeira parceria entre os nossos povos, unindo 800 milhões de cidadãos”, sublinhou.
No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer disse estar “ansioso” por trabalhar com Donald Trump nos próximos anos após uma vitória que classificou como “histórica”. “Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os EUA continuará a prosperar em ambos os lados do Atlântico nos próximos anos”, escreveu.
Também Recep Erdoğan, presidente da Turquia, felicitou o republicano que “venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos depois de uma grande luta e foi reeleito Presidente”. “Nesta nova era, que começará com a eleição do povo americano, esperamos que as relações Turquia-EUA se fortaleçam e que as crises e guerras regionais e globais, especialmente a questão da Palestina e a guerra Rússia-Ucrânia, terminem”, escreveu no X.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também felicitou Trump pela vitória eleitoral “impressionante”, afirmando estar “esperançoso” com a “abordagem ‘paz pela força'” de Trump. “Estamos ansiosos por uma era de Estados Unidos da América fortes sob a liderança decisiva do presidente Trump”, referiu.
Zelensky recordou ainda uma “longa conversa” que teve com o Presidente norte-americano eleito, durante uma visita a Nova Iorque, em setembro passado, sobre os caminhos possíveis para a paz, as relações bilaterais e o “Plano de Vitória de Zelensky”.
No Brasil, Lula da Silva recorreu às redes sociais para também congratular Donald Trump pelo “retorno à presidência dos Estados Unidos”. O líder brasileio sublinhou a importância da democracia, “a voz do povo”, e referiu que o “mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, acrescentou.
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, escreveu no X que a vitória de Trump foi “a maior volta por cima na história política dos EUA!”, felicitando o republicano pela sua “enorme” e “muito necessária para o mundo” vitória.
Em Israel, Benjamin Netanyahu afirmou que o “retorno histórico” dos republicanos à Casa Branca “oferece um novo começo” para os EUA e “um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.
Em declarações à Reuters, Sami Abu Zuhri, um dos responsáveis do grupo Hamas, disse que as promessas feitas por Trump durante a sua campanha eleitoral – incluindo a afirmação de que conseguiria acabar com a conflito no Médio Oriente numa questão de “horas” – serão “testadas” agora. “Encorajamos Trump a aprender com os erros de Biden”, referiu.
Para o governo iraniano, o resultados das Presidenciais norte-americanas “não tem qualquer ligação clara com o Irão”. “As políticas gerais dos Estados Unidos e do Irão são políticas fixas”, disse Fatemeh Mohajerani, porta-voz do governo de Teerão. Mohajerani acrescentou que as relações entre os dois países não vão mudar. “Considerando a história das sanções nas últimas quatro décadas, o Irão enfrentou-as e não está preocupado com uma reeleição de Trump, pois não houve qualquer diferença com a outra pessoa”, disse, numa referência a Joe Biden, atual presidente dos EUA.
Na Rússia, o Kremlin afirma que Vladimir Putin não tem intenções de felicitar Trump. “Não sei nada sobre um plano do presidente para felicitar Trump pela eleição. Não esqueçamos que estamos a falar de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido numa guerra contra o nosso Estado”, disse Dmitri Pesko, porta-voz de Moscovo.
Elon Musk, dono da SpaceX e da rede social X, também congratulou o novo líder pela sua vitória. “O povo da América deu a Donald Trump um mandato cristalino para a mudança”, disse o multimilionário, acrescentando ainda que o “futuro vai ser fantástico”.