Muito poucos discordarão de que um dos fatores que mais impulsionou a civilização ocidental foi a adoção do método científico na interpretação da fenomenologia no mundo que nos rodeia. Dito de uma forma simples, o método pressupõe a aceitação a priori de princípios gerais sobre os quais se elaboram modelos, isto é, reproduções simplificadas da realidade nas quais se retém o essencial e se ignora tudo o que se considera ser acidental. Por isso, conforme fez notar o estatístico inglês George Box, “todos os modelos estão errados, mas alguns são úteis”.
Na abordagem dos incêndios de vegetação, bem como no seu combate, quer em Portugal quer noutros ecossistemas mediterrânicos severamente afetados pelo fogo, como em Espanha, França, Chile, Califórnia e Austrália, têm-se revelado especialmente úteis dois modelos em que o problema é encarado de uma forma integrada: trata-se de um modelo integrado de regime e de um modelo integrado de gestão.