A Google manteve a tradição e continua a dar o nome de guloseimas às novas versões do Android, seguindo as letras do alfabeto. Depois da Mashmallow, Nougat e Oreo é a vez da Pie.
O Android Pie deve chegar aos utilizadores que se inscreveram no programa Android Beta este outono e aos utilizadores de Sony, Xiaomi, HMD Global, Oppo, Vivo, OnePlus e Essential ainda este ano. Para já, só quem tem um telefone Google Pixel é que consegue experimentar a nova versão do sistema operativo móvel.
O destaque desta versão é um sistema de Inteligência Artificial que funciona nos bastidores e ativa “partes” das páginas, dando a informação que o utilizador quer ver e sem se dar ao trabalho de gastar tempo e recursos para carregar toda a página ou toda a app. É também estreado o modo de bateria adaptativo, especialmente para smartphones com chipsets mais antigos e lentos: com este modo, é dada prioridade de bateria às apps mais usadas e limitada a bateria às apps que se usa menos.
Por outro lado, a Google “imitou” o iPhone X e, com a Pie, há um grande botão central para ir para Home, abrir apps recentes ou ativar o Assistant, noticia a Cnet.
Segundo um estudo da Deloitte de novembro, um utilizador verifica, em média, 47 vezes por dia o seu telefone. A Pie tem um novo dashboard que permite monitorizar e consultar o tempo que se passa em frente ao telefone. O objetivo parece ser contraproducente para a Google, mas passa por ajudar o utilizador a combater a adição ao telefone. Neste quadro, é possível consultar quanto tempo se passa em cada aplicação e definir tempos máximos para cada uma. Também a Apple vai estrear funcionalidades semelhantes para o iOS 12.
O desafio vai passar por conseguir “impôr” a Pie como versão a usar por todos: até ao mês passado, apenas 12,1% dos utilizadores tinham feito a atualização para a Oreo. Três em cada quatro ainda estavam com uma das três versões anteriores.