Os utilizadores do Twitter têm estado a reportar vários tipos de dificuldades no acesso e navegação na plataforma, com o sistema de recomendações a estar em baixo e com vários apagões de maior ou menor dimensão. Na segunda-feira passada, a rede sofreu a terceira disrupção no espaço de um mês e a sexta do ano de 2023 (comparativamente, teve nove apagões em 2022).
A situação parece estar cada vez mais periclitante, com novos erros e falhas a aparecerem constantemente. No caso da disrupção de segunda-feira passada, os utilizadores viam mensagens como “your current API plan does not include access to this endpoint”, outros não conseguiam aceder às fotos ou clicar nos links, enquanto outros viam mensagens “Welcome to Twitter” como se fosse a primeira vez que estivessem a aceder.
Desde a aquisição por parte de Elon Musk (e consequentes saídas de staff), já foram reportadas diferentes avarias no Twitter: sistema de autenticação de dois fatores a não funcionar, as respostas aos tuítes a aparecerem fora de ordem, a aba de notificações a não atualizar ou outros erros distintos.
Dan Sinker, que tem milhares de seguidores e contou uma destas situações, refere à CNN que “parece que partes do avião em que estamos a voar estão a cair. Se o avião vai conseguir manter a trajetória e aterrar? Provavelmente sim, mas é cada vez menos uma certeza à medida que cada peça cai”. O sentimento de Sinker é partilhado por cada vez mais utilizadores em diferentes fóruns e comunidades.
As disrupções, além das polémicas e decisões de Musk, podem estar a contribuir para um afastamento dos utilizadores e dos anunciantes. Alp Toker, diretor da NetBlocks, que monitorizou estas falhas de serviço, explica que as disrupções vão até aos centros de dados da Twitter, indiciando falhas de engenharia ou testes insuficientes: “Simplesmente não têm engenheiros suficientes, para ser completamente honesto”, cita a CNN.
Musk admitiu as falhas de serviço, mas aponta mais para a fragilidade do código da plataforma do que para os despedimentos efetuados sob a sua liderança “é muito difícil manter isto a funcionar e também é difícil fazer o produto avançar porque é desnecessariamente complexo, para dizer o mínimo”.
Resta perceber se Musk terá tempo para conseguir pôr o seu plano de recuperação em funcionamento antes de os utilizadores e anunciantes desistirem por completo da plataforma.