Uma equipa coordenada pela investigadora Dora Brites, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, vai procurar conhecer melhor as causas da esclerose lateral amiotrófica (ELA), para tentar travar ou prevenir a progressão desta doença, tendo por isso ganho um prémio atribuído pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).
Esta é a primeira edição do Programa de Investigação Científica em Esclerose Lateral Amiotrófica, cujo objectivo é promover e dinamizar a investigação científica básica ou clínica desta doença. Serão atribuídos 50 mil euros anuais, podendo o apoio ao projecto vencedor ser prolongado até quatro anos. Nessa verba, está também prevista a atribuição de, pelo menos, uma bolsa de investigação.
Em declarações à agência Lusa, Dora Brites explicou que a ELA é uma doença neurodegenerativa, incluída na mesma gama de doenças do que a Alzheimer, da qual pouco se sabe sobre as causas e para qual existem poucas terapias eficazes. O que se sabe é que ocorre a morte gradual dos neurónios motores, envolvidos nos movimentos voluntários dos músculos.
A investigadora espera que os resultados possam ajudar a que a progressão da doença não se faça de forma tão rápida. “Até penso que, em algumas formas, poderá ajudar outras doenças, como a Alzheimer.”