Um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), do ano passado, indicava a existência de “anomalias estruturais” no edifício, “infiltrações de água no ginásio”, “fendas em paredes e tetos”, e recomendava uma reabilitação geral urgente.
Por razões de segurança, o campo de jogos está mesmo encerrado, desde há oito anos.
E as obras até pareciam estar a caminho do histórico e degradado Liceu Camões (hoje, Escola Secundária de Camões), integradas na requalificação do Parque Escolar. Mas a escola acabou por não ser intervencionada, o que levou a direção a apresentar uma ideia original: juntar os atuais e antigos alunos e professores numa festa no Coliseu de Lisboa, a 6 de novembro, para angariar fundos e, sobretudo, chamar a atenção da comunidade para o problema.
“Queremos unir os esforços de todos e encontrar uma solução para uma situação perigosa”, explica o diretor da instituição, João Jaime Pires, recordando que teve uma reunião, há mais de um ano, com o ministro da Educação e que continua à espera de uma resposta concreta de Nuno Crato. “É um imóvel de interesse público, o ministério pagou o projeto [de reabilitação], mas não foi considerado prioritário.”
Talvez antigos alunos, como António Guterres e Durão Barroso, apareçam na festa do Coliseu e ajudem a dar um empurrão às obras.nuno crato