Destino de veraneio para quem gosta de mares frios e batidos, Aljezur é ainda um município pouco explorado ao nível de construção – figas para que assim permaneça –, cujo litoral faz parte do grandioso Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. A localização da vila, entre o verde e o mar, torna-a a escolha certa para assentar arraiais e dali partir para uma série de programas que compreendem diferentes vontades.
O centro da vila é perfeito para se explorar a pé. Comece-se por uma ida ao Mercado Municipal, um dos melhores do Algarve, onde se vendem peixe sempre fresco (quanto mais cedo chegar, melhor) e batata-doce da zona, de qualidade superior. Daqui, pode fazer-se uma paragem no café-restaurante vegetariano e espaço cultural Moagem, para beber um café ou um sumo natural e participar numa das atividades da agenda, porque, desde sessões de poesia a aulas de ioga, há de tudo. E isto antes de se mergulhar no emaranhado de casinhas brancas que compõe o coração da vila, para se conhecer, por exemplo, o Museu Antoniano, com uma coleção de arte sacra. Quanto mais alto se sobe, mais bonita é a vista, claro, que tem o seu esplendor no Castelo de Aljezur, aberto ao público. O edifício original tem mão árabe, é do século X e foi conquistado aos mouros em 1249. É precisamente deste período islâmico, entre os séculos X e XIII, que se assinala a herança arqueológica mais rica da vila, visitável na Ponta da Atalaia (Arrifana) e também na Carrapateira. Sugere-se ainda uma paragem a meio do dia, para uma pizza na Arte Bianca.