Em abril, o Paquistão foi notícia em todo o mundo devido a uma onda de calor sem precedentes na sua intensidade e duração. Os termómetros chegaram aos 49,5 ºC na cidade de Nawabshah, milhares de hectares de cereais foram queimados pelo sol e dezenas de pessoas morreram de golpe de calor.
Apenas quatro meses depois, em agosto, o Paquistão voltou às manchetes, agora na sequência de chuvadas violentas que submergiram 10% do país (uma área quase equivalente à de Portugal) e mataram mais de 1 700 pessoas. Como disse então António Guterres, o secretário-geral das Nações Unidas, “os paquistaneses estão a enfrentar uma monção com esteroides”.