O Ministério Público abriu uma investigação ao alegado caso de racismo que envolveu os filhos de Ewbank e Bruno Gagliasso. “Confirma-se a existência de investigações relacionadas com a matéria em referência”, indicou a Procuradoria-Geral da República.
A atriz, modelo e apresentadora brasileira Giovanna Ewbank denunciou nas redes sociais que os seus filhos foram vítimas de racismo num restaurante na Costa da Caparica. “Uma mulher branca, que passava na frente do restaurante, xingou, deliberadamente, não só Títi e Bless, mas também a uma família de turistas Angolanos que estavam no local – cerca de 15 pessoas negras”, lê-se num comunicado divulgado pela assessoria de imprensa da atriz brasileira.
“A criminosa pedia que eles saíssem do restaurante e voltassem para a África, entre outras absurdos proferidos às crianças, tais quais ‘pretos imundos’”, acrescenta a mesma nota. A mulher que alegadamente proferiu os insultos foi detida, mas já se encontra em liberdade.
Marcelo Rebelo de Sousa: “Não vale a pena negar que há, infelizmente, setores racistas e xenófobos entre nós”
Na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa escreveu uma nota, onde reafirmou que “qualquer comportamento racista ou xenófobo é condenável e intolerável, e deve ser devidamente punido, seja qual for a vítima”.
O Presidente reforça a ideia de que “não vale a pena negar que há, infelizmente, setores racistas e xenófobos entre nós”, mas, acrescenta: “não se pode, nem deve, generalizar, pois o comportamento da sociedade portuguesa é, em regra, respeitador dos direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana. O mesmo se dirá, especificamente, quanto às comunidades dos países irmãos de língua portuguesa, que têm vindo a aumentar a sua presença entre nós e são motivo de gratidão e de orgulho para Portugal.”
“A sociedade portuguesa é constituída por pessoas das mais variadas origens, que aqui chegaram há poucos ou há muitos anos, alguns há séculos, aqui vivem, trabalham, constituem as suas famílias: não há “portugueses puros”, somos todos descendentes de culturas, civilizações e origens muito diversas”, lê-se.
Marcelo Rebelo de Sousa finaliza, dizendo: “somos todos transmigrantes, todos temos familiares e amigos que vivem ou viveram fora do quadro geográfico físico de um país; tal como tantos que aqui encontram uma melhor vida. E todos somos Portugal.