Erdogan tem estado a adiar a ratificação da admissão da Suécia na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) como membro de pleno direito, acusando Estocolmo de ser demasiado branda com os rebeldes curdos e outros grupos que considera constituírem ameaças à segurança.
A Turquia também ficou irada com uma série de manifestações ocorridas na Suécia que incluíram a queima de exemplares do Corão, o livro sagrado do Islão.
Os 31 Estados-membros da NATO devem apoiar por unanimidade a adesão da Suécia. Neste momento, faltam as ratificações da Turquia e da Hungria.
Um breve comunicado da direção de comunicação presidencial indicou que Erdogan tinha assinado o protocolo sobre a admissão da Suécia na Aliança Atlântica, que em seguida foi submetido à Grande Assembleia Nacional da Turquia (designação do parlamento turco).
Desconhece-se, contudo, quando é que a adesão da Suécia será votada.
A Suécia e a vizinha Finlândia abandonaram décadas de não-alinhamento militar depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado às tropas da Rússia que invadissem a Ucrânia, em fevereiro de 2022, procurando proteção sob o “guarda-chuva” de segurança da NATO. A Finlândia aderiu à aliança militar em abril deste ano.
No início de outubro, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, instou a Turquia a ratificar rapidamente a adesão da Suécia à organização de defesa ocidental.
“Muitos aliados gostariam de ver progressos rápidos quanto a esta ratificação”, disse Stoltenberg à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), depois de presidir a uma reunião dos ministros da Defesa da NATO em Bruxelas.
“A Suécia cumpriu o que prometeu, e agora precisamos da ratificação da adesão sueca”, frisou.
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