O Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem proposto pela Comissão Europeia tem por base um sistema norte-americano (ESTA) e pretende melhorar a segurança e o controlo das fronteiras.
Quem queira viajar para o espaço Schengen e vier de um país não pertencente à União Europeia mas que tenha um regime de isenção de visto vai ter de preencher um formulário de autorização, com informações pessoais e detalhes sobre a residência. Esse documento poderá ser pedido através da internet e terá um custo de cinco euros.
Desta forma, a União Europeia poderá conhecer melhor os turistas que visitam os países. Os dados poderão ser acedidos em caso de risco de segurança ou problemas de migração e partilhados com agências de segurança, como é o caso da Europol.
Os Estados Unidos da América, o Japão e a Austrália são três dos cerca de 60 países com os quais a União Europeia tem protocolos de isenção de visto. Os britânicos também poderão ter de pedir este documento, mas, por agora, tudo depende das negociações com o Reino Unido.
O espaço Schengen foi criado com o objetivo de garantir a liberdade de circulação entre os estados aderentes. Atualmente, abrange um total de 26 países, 22 deles estados-membros da União Europeia.
Com a entrada massiva de migrantes e refugiados na Grécia e depois dos ataques na Bélgica e em França, revindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, a União Europeia tenta fazer um melhor controlo das fronteiras.
Estima-se que os custos de implementação desta medida estarão na ordem dos 200 milhões de euros e que a manutenção será de 85 milhões de euros por ano. A proposta espera agora a aprovação do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu.