Quando, há 60 anos, Vasco Maria Eugénio de Almeida criou uma fundação, deixou muito clara a sua missão: promover o desenvolvimento social, cultural, educativo e espiritual da região de Évora. Os desígnios têm-se cumprido e são visíveis. “Colocar uma das grandes fortunas do País, à época, ao serviço da cidade de Évora, contribuiu, através de ações concretas, para o desenvolvimento desta região, tantas vezes esquecida, criando impacto social em milhares de pessoas”, diz Maria do Céu Ramos, secretária-geral da Fundação Eugénio de Almeida.
A ligação da instituição com a cidade Património da UNESCO (classificada em 1986) faz-se em muitas frentes. Uma das mais visíveis é a salvaguarda e valorização do património cultural, de que é exemplo o Centro de Arte e Cultura, criado há precisamente uma década. “É o maior centro dedicado à arte contemporânea a sul do Tejo, essencial no panorama de acesso e fruição cultural e artística, numa enorme área territorial”, afirma Maria do Céu Ramos. “Foram já realizadas mais de 50 exposições com obras de grandes artistas nacionais e internacionais. Além disso, investe na medição e formação artística junto da comunidade, sobretudo dos mais jovens.”