Uma inteligência digital capaz de replicar as capacidades de um ser humano ainda está a uma década, pelo menos, de se tornar realidade, vaticina Demis Hassabis, CEO da Google DeepMind. O executivo explica que os chatbots ainda vão ter de evoluir e elenca as características que estes terão de ter para podermos passar a uma forma de Inteligência Artificial Generalista, ou AGI, no acrónimo em inglês. O posicionamento de Hassabis foi assumido na conferência The Times Tech Summit, noticia o Business Insider.
O responsável, que venceu recentemente o prémio Nobel da Química pelo seu trabalho no AlphaFold, conta que o caminho passa por evoluir de agentes passivos – como os chatbots ChatGPT e Gemini, que respondem passivamente a questões – para sistemas baseados em agentes. Nesta fase, os agentes terão de ser capazes de realizar tarefas e ações mais avançadas como:
· Planeamento: previsões, planear viagens, reservar bilhetes;
· Atuar: executar ações no mundo real;
· Raciocinar: pensar nos problemas e agir com lógica, como acontece com o sistema que joga Go e é capaz de derrotar humanos;
· Lembrar: ter memória mais persistente dos detalhes e pormenores que lhes forem ditos;
· Personalizar: perceber e ajustar-se às preferências de cada utilizador com quem interagem;
· Usar ferramentas: seja em software, como uma calculadora ou mesmo outros sistemas de IA, seja em hardware, como comandar robôs.
Para esta evolução acontecer, Hassabis prevê que a comunidade ainda precise de uma década e, como tal, a AGI só deva chegar daqui a dez anos.