A disputa legal entre a Epic Games e a Apple decorre já há quase quatro anos e a juíza inclusive já determinou a abertura do ecossistema da Apple a outros sistemas de pagamento. Mas a aparente falta de interesse por parte dos programadores em usarem pagamentos alternativos chamou a atenção da responsável pelo caso. Yvonne Gonzalez Rogers questionou um executivo da Apple neste sentido, sugerindo que a empresa estava a tentar manter o modelo de negócio e as receitas do passado.
Recorde-se que este ano a Apple anunciou que as aplicações de terceiros vendidas nos EUA poderiam passar a incluir um link para um sistema de pagamento alternativo. Desde então, apenas 38 aplicações oferecem esta forma de pagamento, de um total de 65 mil aplicações que têm compras dentro da app. Segundo a Bloomberg, a principal razão para os criadores não adotarem este método prende-se com a taxa de 27% que a Apple impõe e que, associada às taxas de processamento de pagamento, colocam esta opção a custar mais do que os 30% que a empresa de Cupertino cobra habitualmente.
A Epic Games contesta as alterações que a Apple implementou em janeiro, dizendo que não correspondem a uma reforma significativa, ao mesmo tempo que a Apple argumenta que está a aplicar as medidas corretivas impostas pela juíza Rogers. Agora, a magistrada parece não ter ficado satisfeita com as comissões que a Apple está a cobrar e questiona se o potencial custo foi validado.
De realçar que as 38 apps que já oferecem este meio de pagamento alternativo para as compras in-app não pertencem a nenhum dos grandes criadores de aplicações, o que parece indiciar que a ‘oferta’ da Apple não tem sido apelativa para o segmento.