A HP cita a necessidade de redução da estrutura de custos, motivada pela fraca procura de computadores empresariais e pessoais para explicar a decisão de despedir entre quatro mil e seis mil trabalhadores nos próximos três anos.
A fabricante de computadores revelou preocupações com o abrandar das receitas e dos lucros, devido aos desafios colocados pela situação económica mundial. Depois de confirmar os despedimentos, as ações da empresa valorizaram 1%. O aumento da procura registado nos últimos anos, principalmente devido à pandemia, não se deverá manter, o que já levou várias outras tecnológicas a anunciar vagas de despedimentos também, como a Meta, Amazon, Microsoft e Twitter, por exemplo.
A estratégia da HP foi descrita num documento chamado Future Ready Transformation Plan e a empresa revela que a reestruturação permita poupanças de 1,4 mil milhões de dólares. Os custos associados à operação estão estimados em mil milhões de dólares, dos quais 600 mil devem ser sentidos no ano fiscal de 2023 (termina a 31 de outubro de 2023) e os restantes entre 2024 e 2025, noticia a CNBC.
A HP tinha 51 mil trabalhadores registados em 2021. Em 2019, a empresa anunciou o despedimento de sete mil a nove mil funcionários.
As receitas da empresa no quarto trimestre fiscal, que terminou a 31 de outubro, desceram 0.8% face ao ano anterior, para os 14,8 mil milhões de dólares, com todos os segmentos (Personal Systems, Consumer e Printing) a registarem quebras de receitas e de lucros.
A empresa estima lucros de 3,2 a 3,6 dólares por ação para o ano fiscal de 2023, abaixo dos 3,6 dólares previstos pela Refinitiv.