A Vortal, a maior empresa portuguesa de ferramentas de contratação pública electrónica e uma das maiores a nível global, foi comprada pela empresa sueca Docu Nordic – e que é detida pelo fundo de investimento britânico Sterling Square Capital Partners. O valor do negócio não foi revelado. De acordo com o Jornal de Negócios, a atual equipa de gestão da tecnológica, que é liderada por Miguel Sobral, vai manter-se à frente da Vortal.
A empresa era detida por diferentes acionistas, dos quais faziam parte a Vallis Sustainable Investments – acionista maioritário –,a Netcorp, a Pathena e a Meo. “É uma oportunidade para conduzir a empresa ao próximo nível, combinando o crescimento orgânico através de uma proposta de valor ampliada”, disse o CEO da Vortal a propósito da venda.
Já a Docu Nordic disse ver “grande potencial” na junção e expansão de negócios com a Vortal, sobretudo através de uma maior aposta das ferramentas de contratação pública eletrónica da tecnológica nos mercados do norte da Europa.
Em 2018, mais de dois terços do negócio da Vortal já era feito fora de Portugal. A empresa tem escritórios em 12 países e mais de 350 mil clientes a nível global. Em 2019, a tecnológica ganhou um importante contrato com a cidade de Liubliana, na Eslovénia, e em 2016 também tinha vencido outro contrato de grande perfil, na Áustria.
Em 2018, a Vortal inaugurou um novo centro de desenvolvimento em Lisboa e prometia investir nos três anos seguintes, até 2020, um total de cinco milhões de euros em inovação.
Em 2017 a empresa teve um volume de faturação de 12,5 milhões de euros. Em 2019, após um crescimento de 10%, o volume de faturação foi de 15,5 milhões de euros.
A Vortal nasceu no ano 2000, na época com o nome eConstroi – 20 das maiores construtoras nacionais juntaram-se com o objetivo de criar uma plataforma de comércio eletrónico para o setor da construção e obras públicas.