Um grupo de hackers russos aproveitou-se de ferramentas de ciberespionagem iranianas para levar a cabo ataques em mais de 20 países no último ano e meio. De acordo com as declarações dos serviços secretos do Reino Unido à Reuters, o coletivo russo é conhecido por “Turla”, mascarou-se para simular ter origem no Irão e, embora a maioria dos ataques tenham ocorrido no Médio Oriente, já muitas empresas britânicas sofreram represálias desta campanha.
Paul Chichester, dos serviços secretos britânicos, contou à Reuters que este tipo de operações aplica-se cada vez mais em desenvolver métodos para cobrir os seus rastos . «Queremos deixar claro que temos ferramentas para identificar quaisquer ciberatacantes, mesmo que mascarem a sua identidade», disse o agente britânico.
Já o centro de cibersegurança americano, mais conhecido por National Security Agency (NSA na sigla em inglês), advertiu num comunicado para a necessidade de preparar a indústria para a incidência de ataques desta natureza, de forma aumentar os níveis de segurança.
Os serviços secretos russos e iranianos não prestaram quaisquer declarações quando questionados pela Reuters, embora tanto o governo de Moscovo como do Teerão tenham negado estar envolvidos nestes ataques.