A maior criptomoeda do mercado está numa tendência de subida acentuada e chegou ontem a um máximo de 89.982 dólares, quase atingindo os 90 mil dólares. A eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA e o discurso durante o período eleitoral de que iria ter uma política mais amigável para as criptodivisas parece ter ecoado no mercado e levou a uma elevada procura. Também a Tesla, do apoiante mais notável de Trump, Elon Musk, aumentou a valorização no mercado em 40% nas últimas semanas.
Alvin Tan, diretor da RBC Capital Markets, explica à Reuters que “os entusiastas da cripto pensam que está a chegar um presidente que pensa como eles. Sobre a bitcoin, ao fim do dia, não há qualquer valorização para a ancorar, pelo que é difícil ter uma noção real do seu valor. Assim, quando o sentimento é positivo, é muito mais inflacionado do que qualquer outro tipo de bens”.
Nesta fase, ainda não se sabe bem como é que o apoio de Trump às ciberdivisas se vai materializar, o que tem levado a um aumento galopante na especulação, na mineração e na troca de ações.
A empresa especializada em bitcoin MicroStrategy anunciou ter investido mais de dois mil milhões a comprar bitcoin entre 31 de outubro e 10 de novembro, o que levou as ações a aumentar 26%. Por outro lado, os especialistas em mineração Riot Platforms, MARA Holdings e CleanSpark, viram as suas posições valorizar 17 e 30% respetivamente.
Donald Trump já fez saber que vai substituir Gary Gensler na presidência da Securities and Exchange Commission, o que poderá significar menos intervenção do regulador neste setor e também anunciou em setembro um novo negócio neste setor, a World Liberty Financial.
“O que estamos a ver não é só uma marca no preço, é um sinal de que o mercado está a aquecer para a ideia de uma bitcoin mais estável e um bem politicamente mais favorável”, vaticina Justin D’Anethan, responsável por desenvolvimento de negócio na Keyrock.