No Dia Internacional da Convivência Pacífica, 16 de maio, assim decretado pelas Nações Unidas, debateu-se forte e feio no nosso Parlamento. E ainda bem. É para isso que ele serve. Se a discussão é proveitosa, civilizada e beneficia o País… isso talvez já seja pedir demais, por muitos apelos à elevação que o presidente da Assembleia não se cansa de lançar.
Mas deixemos o hemiciclo e a sua feira de vaidades para entrar nas comissões e assistir à ministra do Trabalho e da Segurança Social a deixar a exonerada provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em estado KO com um paracetamol. Maria do Rosário Palma Ramalho reconheceu que a médica Ana Jorge herdou, há um ano, um “cancro financeiro” (depois de tantos negócios ruinosos), mas “tratou-o com paracetamol”. E não se escusou a usar palavras fortes como “inação da provedora” e “negligência”. Acusou ainda Ana Jorge de ter aumentado as despesas com salários, durante o ano passado, além de ter assinado contratos no valor de 3,5 milhões de euros já depois de saber que ia sair da Santa Casa.