Ocupámos os dois últimos lugares. A seguir a nós, na porta do Botequim da Mouraria, Domingos Canelas pendurou a tabuleta com a inscrição “completo”. Este balcão é uma instituição de Évora, mas com escassos nove lugares, característica que o torna único e tão requisitado, a juntar à amabilidade do dono e à mão certeira da sua mulher, Florbela, na cozinha.
Com porta aberta há 30 anos, bem perto da Rua de Aviz, no centro histórico classificado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, o Botequim da Mouraria passou a servir apenas almoços, de segunda a sexta, simplificando a ementa, depois da pandemia. Saíram os pratos do dia, ficando receitas seguras, como o bife de vitela do lombo (€22,50), naco alto, servido com uma boa salada e gulosas batatas fritas. As entradas, por si, também compõem bem a refeição: carapaus de escabeche (€4,90), ovos com espargos verdes bravos (€11,50), cogumelos assados com azeite e sal (€9,80), queijo assado com orégãos (€8).
