O Prémio Pessoa deste ano foi atribuído a José Tolentino Mendonça. O anúncio foi feito hoje por Francisco Pinto Balsemão numa cerimónia realizada no Palácio de Seteais, em Sintra.
Iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, o Prémio Pessoa pretende reconhecer “a atividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do País”. Como vencedor da edição deste ano, o cardeal irá receber um prémio de 60 mil euros.
Nascido em dezembro de 1965, em Machico, na ilha da Madeira, José Tolentino Mendonça foi ordenado padre em 1990 e começou por exercer funções enquanto sacerdote na Paróquia de Nossa Senhora do Livramento no Funchal, entre 1992 e 1995.
Em Lisboa, foi capelão durante cinco anos na Universidade Católica Portuguesa, esteve na paróquia de Santa Isabel e, entre 2010 e 2018, foi reitor da Capela do Rato.
Entre 2004 e 2014, Tolentino Mendonça foi o primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, então criado pela Conferência Episcopal Portuguesa, para promover o diálogo entre a Igreja e o meio cultural nacional.
Em 26 de junho de 2018, Tolentino Mendonça foi nomeado bibliotecário e arquivista da Biblioteca e Arquivo Apostólicos da Santa Sé pelo papa Francisco.
Após ter sido ordenado Cardeal, em outubro de 2019, voltou a fazer parte do Conselho Pontifício da Cultura, de que tinha sido consultor até à sua nomeação como arquivista e Bibliotecário da Santa Sé.
O Prémio UC, instituído em 2004, distingue anualmente uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se tenha afirmado por uma intervenção particularmente relevante nas áreas da cultura ou da ciência.