Para os professores de Educação Física, e para os especialistas em motricidade humana, era uma medida contraditória: queremos crianças e jovens ativos e saudáveis, mas depois não lhes exigimos um bom desempenho a Educação Física na escola. A resposta a essa exigência surgiu agora, a dias do início do novo ano letivo: quem está a entrar agora no Secundário já não pode menosprezar o seu desempenho desportivo.
A contestação à medida, decidida por Nuno Crato, enquanto ministro da Educação do anterior governo PSD, ganhou força no encontro “Mais exercício, maior sucesso escolar, melhor futuro”, que decorreu na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa – e cujo objetivo era demonstrar como o exercício físico pode melhorar as funções executivas/cognitivas que estão na base do sucesso escolar dos alunos.
Logo o secretário de Estado da Educação, João Costa, fez saber que o assunto não seria esquecido, algo muito bem recebido por Avelino Azevedo, da Confederação Nacional de Associações de Professores de Educação Física: “Será a reposição de uma injustiça”, salientou. “Estamos a falar de uma área básica da formação geral. Não faz qualquer sentido que valha menos do que as outras.”
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