Os astrofísicos presentes num festival de ciência que decorreu na semana passada na Noruega foram claros no aviso: é bem possível que uma colisão de um asteróide destrua qualquer das grandes cidades da Terra.
A NASA estuda essa possibilidade através de um projeto especial que passa pela simulação do impacto de asteroides no planeta, tendo por base o evento de 2017, quando um meteorito atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia – quando se fragmentou, libertou uma energia equivalente a 500 mil toneladas de TNT, ou seja entre 27 a 41 vezes a bomba atómica de Hiroshima. Mais de 1200 pessoas ficaram feridas.
Com simulações 3D criadas a partir dos supercomputadores da agência espacial norte-americana, os cientistas esperam poder perceber o comportamento de um asteroide depois de atravessar a atmosfera terrestre.
Nesta simulação do episódio de Chelyabinsk, vê-se o objeto a entrar na atmosfera a 19 quilómetros por segundo, antes de se desintegrar. Mas o facto de se transformar em imensos fragmentos “pequenos”, não é razão para tranquilizar os especialistas. Estes fragmentos dispersos criam “ondas de explosão perigosas e radiação térmica no solo”, explica a NASA