Ouvida no Congresso dos Estados Unidos sobre o atentado contra Donald Trump, candidato republicano às eleições de 5 de novembro, Kimberly Cheatle, diretora dos Serviços Secretos dos EUA, assumiu total responsabilidade pelos erros da agência na tentativa de assassínio do ex-presidente a 13 de julho. Em depoimento, Cheatle referiu-se ao ataque contra Trump como o “fracasso operacional mais significativo” da agência nas últimas décadas. “A missão solene dos Serviços Secretos é proteger os líderes da nossa nação. No dia 13 de julho, falhámos. Como diretora dos Serviços Secretos dos Estados Unidos, assumo toda a responsabilidade por qualquer falha de segurança da nossa agência”, referiu Kimberly Cheatle.
Apesar de admitir a falha de segurança, que levou à morte de uma pessoa e ferimentos ligeiros em Donald Trump, Cheatle recusou-se a responder a outras perguntas sobre o atentado, como o porquê de não estarem colocados agentes no telhado usado pelo atirador.
A tentativa de assassínio a Trump ocorreu há pouco mais de uma semana durante um comício republicano no estado da Pensilvânia. O republicano, de 78 anos, estava a discursar quando foi atingido por um projétil de baixo calibre, sofrendo ferimentos numa orelha. O ataque foi levado a cabo por Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, a partir de um telhado de um edifício e resultou numa vítima mortal e dois feridos.
Desde o ataque que se têm multiplicado os pedidos de demissão de Cheatle. Entre os críticos, vários congressistas – sobretudo republicanos – têm expressado o seu descontentamento pela forma como o Crooks conseguiu chegar tão perto do candidato.
A agência dos Serviços Secretos americanos é a principal responsável pela proteção do atual Presidente e da sua família, bem como dos presidentes anteriores e candidatos políticos. Desde o atentado a Ronald Reagan, em 1981, que não ocorria uma tentativa grave de assassinato a um Presidente ou candidato presidencial nos EUA.