As eleições foram europeias, mas Pedro Nuno Santos não perdeu a oportunidade que a vitória do PS lhe trouxe para fazer uma leitura nacional: “O PS é a primeira força política em Portugal. Derrotou uma coligação de três partidos”, começou por dizer, esta noite, o secretário-geral do PS, realçando que a vitória dos socialistas, em votos e em número de eurodeputados eleitos, “não é irrelevante no plano nacional”. Porém, advertiu o secretário-geral, o PS não pretende provocar “instabilidade política”, mantendo-se “como partido da oposição”.
Para Pedro Nuno Santos, a vitória do PS foi uma resposta à “nacionalização da campanha” que acusou o Governo de ter feito, com anúncios de “planos atrás de planos”. “Não é o Governo que está em causa, mas sim uma forma de fazer política”, disse Pedro Nuno, sublinhando as vitórias do PS nos distritos de Faro, Guarda e Porto, os quais recuperou em relação às últimas eleições legislativas. “Esta vitória é conseguida três meses após as eleições legislativas, com o governo sem o desgaste da governação, que não parou de fazer anúncios e que não cumpriu as notificações da Comissão Nacional de Eleições. É neste quadro que o PS ganha estas eleições”
O secretário-geral do PS, dando os parabéns à cabeça de lista, Marta Temido, sublinhou que a vitória socialista foi a primeira ganha por uma mulher numa eleição nacional. “Foi uma vitória das mulheres”, diria Marta Temido, no discurso de vitório, no qual assinalou a queda da extrema-direita, em Portugal, lamentando que este caminho não tenha tido expressão em vários países da Europa, como na França e Alemanha.
“Estamos mesmo todos de parabéns, porque os portugueses confiaram no projeto de a Europa que defendemos, e esta noite os portugueses voltaram a mostrar que confiam no PS”, disse ainda Marta Temido. “O PS conseguiu mais votos do que nas últimas europeias. Obrigada por darem força à Europa solidária que queremos e defendemos”, referiu.
PS foi o vencedor das eleições europeias deste domingo, com 32,10% dos votos e elegendo 8 eurodeputados, mais um do que a AD, que alcançou 31,12% dos votos.
PS – 32,1% –8 mandatos
AD – 31,1% – 7 mandatos
Chega – 9,8% – 2 mandatos
IL – 9,07% – 2 mandatos
BE – 4,25% – 1 mandato
CDU – 4,1% – 1 mandato
L – 3,7% – 0 mandatos
ADN – 1,37 -0 mandatos
PAN – 1,2% – 0 mandatos