As novelas gráficas ocupam cada vez mais destaque nas livrarias em Portugal, com a readaptação de obras para a versão gráfica – vejam-se os exemplos do 1984, de George Orwell, e da recente chegada ao mercado do primeiro livro d’O Mundo de Sofia, pela Elsinore – tendência que se tem verificado também no estrangeiro. De acordo com a Publishers Weekly, entre 2020 e 2021, as vendas de livros de banda desenhada e novelas gráficas aumentaram 61% nos Estados Unidos e Canadá. A navegar esta onda, o grupo editorial Penguin Random House lançou uma nova chancela, dedicada em exclusivo à banda desenhada, biografias ilustradas e novelas gráficas. Chama-se Iguana, está virada para o mercado de jovens adultos e adultos e para já chegou ao mercado com três livros.
Patti Smith é uma biografia ilustrada da espanhola Ana Müshell. São 184 de desenhos e textos sobre a infância, juventude e crescimento da artista, numa viagem que junta influências, de Frida Kahlo a Arthur Rimbaud, e companhias-inspirações, de William S. Borroughs ao incontornável Robert Mapplethorpe, com passagem pelos momentos mais importantes da carreira da cantora, onde se conta o trabalho tornado público, mas também episódios da vida pessoal. É um livro em jeito de homenagem a uma artista multi geracional, além de um documento histórico sobre o punk e o rock nas últimas décadas.
Também da fornada de novidades da Iguana faz parte a novela gráfica O seu nome é Banksy, trabalho da dupla italiana Francesco Matteuzzi e Marco Maraggi. Através de uma rapariga e um rapaz ligados à arte urbana, constroem um resumo sobre a vida de Banksy, desde as primeiras obras conhecidas aos motivos políticos por trás do seu trabalho até às as pistas que tentam desvendar a identidade do artista.
Até ao final do ano, a Iguana pretende lançar outros livros, e em 2023 haverá uma aposta em autores portugueses.