Giorgia Meloni

Dois anos após conquistar o poder, a primeira-ministra italiana está a conseguir impor uma agenda iliberal à maioria dos Estados-membros da UE. A sua obsessão em criminalizar quem foge rumo à Europa faz com que o recém-aprovado pacto para as migrações e o asilo possa ser letra-morta

Há uma linha vermelha a diluir-se aos olhos de todos os europeus: em vez do "não é não" de Montenegro nas legislativas, em relação ao Chega, temos agora o "sim, talvez" de Ursula von der Leyen, a elogiar a "cooperação" com Meloni

A primeira mulher a governar Itália tornou-se um caso sério de duplicidade. A nível doméstico, sem rivais, prossegue a sua agenda ultraconservadora e repressiva. Na política externa, o seu pragmatismo converteu-a numa atriz decisiva da União Europeia. A partir de junho, a sua influência em Bruxelas será muito maior

Mais do que pretender dar lições ou impor uma cartilha rígida de vida, o papa Francisco tem procurado antes fazer convites à ação, incentivar o inconformismo, estimular a crítica e encorajar a busca de novas soluções

Os dilemas de Joe Biden, Xi Jinping, Volodymyr Zelensky, Vladimir Putin e Recep Erdogan vão ter um fim em 2023 – com consequências para todo o mundo

Pela primeira vez desde Mussolini, a extrema-direita pode chegar à liderança do governo italiano. Numa versão mais moderada, mas ainda assim radical, Giorgia Meloni entra em cena com todo o potencial para fazer tremer os alicerces da União Europeia