O Júnior e a Joana iam passar férias ao Brasil. Para São Paulo. Naquele dia, levantaram-se cedo e alegres por irem viajar. Despacharam-se e apanharam um táxi com os pais e o Gão que os levou ao aeroporto. Chegaram à Portela às três da tarde. Encontraram uma grande confusão: tornou-se difícil encontrar um carrinho para transportar as malas. Foi quando iam fazer o check-in que tudo aconteceu…
Perto do balcão do check-in, encontraram uma grande fila. Levaram vinte minutos até conseguirem registar as bagagens: 4 malas e uma mochila com os afazeres do Gão. Depois decidiram ir beber algo. Iam pelo tapete rolante quando, de repente, um senhor gordo, desajeitado e mal-educado empurrou o Júnior que rebolou e caiu sobre a perna direita à saída do tapete. A Joana, que ia à frente dele, também caiu e ficou a sangrar da boca (deve ter partido um dente!). Tal não foi a queda, que tiveram de chamar os bombeiros. Vieram com uma maca onde deitaram o Júnior. Ele não queria chorar, mas doía-lhe imenso aquela perna partida! Apesar de tanto azar, a companhia aérea propôs à família um voo no dia seguinte. Como ninguém queria perder as férias no Brasil, aceitaram.
No dia seguinte, e depois de terem feito novo check-in, enquanto aguardavam a partida na sala de embarque, o Júnior, sentado numa cadeira de rodas e com a perna engessada, comentava com os seus botões: Não acredito! Agora com a perna partida já não me vou divertir tanto no Brasil, mas tenho que tentar! Sentado na cadeira de rodas… Mas espera aí: já que eu não posso divertir-me, tenho de ver o lado bom deste acidente…Agora que estou na cadeira de rodas, não vou ter que carregar malas, nem dar comida ao Gão, nem ajudar a mamã, o papá ou a Joana. Estava ele com estas ideias e às tantas virou a cara para falar com a Joana, mas não a viu. Chamou os pais e os três preocupados começaram a procurá-la. Era estranho não a ver porque a sala de embarque não era assim tão grande para a Joana ter desaparecido… Procuraram por todo o lado: nas casas de banho, nas lojas… Nada de Joana. Os pais voltaram a sentar-se ao lado do Júnior, sem saber o que fazer.
Quando pegaram nos casacões, encontraram a Joana dormindo debaixo de um deles:
– Estávamos tão preocupados contigo, Joana! – foi a única coisa que a mãe disse e logo a seguir embarcaram com destino ao Brasil, a terra maravilhosa!
Trabalho da turma do 4º ano da Secção Portuguesa do Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye, França, com a professora Isabel Pereira da Costa