Todas elas, em diferentes áreas, deram um passo na luta pela igualdade entre homens e mulheres.
Realizadora de cinema
Em 1946, a atriz Bárbara Virgínia preparava-se para representar no filme Três Dias sem Deus, mas o realizador foi afastado e acabou por ser ela a substituí-lo. A artista entrou assim para a História como a primeira realizadora portuguesa.

Jornalista
No séc. XIX, não havia mulheres na redação dos jornais. Antónia Gertrudes Pusich foi uma pioneira: não só escreveu para jornais como fundou e dirigiu um: A Assemblea Litteraria (1849).

Sufragista
Carolina Beatriz Ângelo era médica e também sufragista (lutava pelo direito das mulheres ao voto). Foi a primeira cidadã a votar, em 1911, mas dois anos depois a lei mudou para impedir as mulheres de o fazerem. Só em 1975 recuperaram esse direito.

Aviadora
Quando os aviões eram exclusivamente pilotados por homens, Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira (ou Milú, como era conhecida) conseguiu o brevete – a licença para pilotar aviões, em 1928. Tinha 21 anos e passou em todas as provas.

Primeira-ministra
Engenheira química, Maria de Lourdes Pintasilgo foi a primeira mulher a chefiar um ministério, em 1974: o dos Assuntos Sociais. Em 1979, tornou-se primeira–ministra, a segunda em toda a Europa. A primeira foi Margaret Thatcher, no Reino Unido.

Maestrina
Maria Antonieta Moreira vive em Valongo e conduz o autocarro de um infantário. Ela é a prova de que as profissões não têm sexo: além do autocarro, dirige uma banda filarmónica há mais de 30 anos. Antes dela, só homens o faziam.

Cientista-astronauta
Ana Pires, 39 anos, é uma engenheira que estuda os oceanos. Em 2018, participou num programa da NASA (a agência espacial dos EUA) e, no final, recebeu o diploma de cientista-astronauta.

Médica
Antes de Elisa Augusta Andrade, não havia médicas em Portugal. Em 1889, tudo mudou: Elisa foi a primeira. Os jornais escreviam: «grande passo para a emancipação da mulher.»

Advogada
Numa altura em que só os homens estudavam Direito, Regina Quintanilha foi contra as regras e decidiu tirar o curso. Tornou-se, assim, a primeira advogada no nosso país e estreou-se nos tribunais em 1913. Tinha apenas 20 anos.

Submarinista
Há mais de 100 anos que nos submarinos da Marinha Portuguesa só entravam homens, mas em dezembro de 2018, a primeiro-marinheiro Noemie Freire, 31 anos, concluiu o curso de especialização, tornando-se a primeira submarinista de Portugal.
