O projeto INSTABAT – acrónimo em inglês para plataforma inovadora de sensor físico/virtual para células de bateria – tem um financiamento de cerca de quatro milhões de euros da Comissão Europeia e conta com a Universidade de Aveiro como um dos participantes. A iniciativa prevê o desenvolvimento de uma plataforma de sensores em fibra ótica para baterias de veículos elétricos. O projeto faz parte integrante do roteiro Battery 2030+, uma iniciativa de grande escala e longo prazo para chegar às baterias sustentáveis do futuro.
A intenção deste projeto é monitorizar, em tempo real e em funcionamento, parâmetros essenciais de uma célula de bateria de ião-lítio, fornecendo com maior precisão os estados de certos indicadores como carga, capacidade, potência, energia e segurança, permitindo melhorar a performance e a chamada trilogia QRL (sigla em inglês para qualidade, confiabilidade e vida das baterias).
O projeto, revela a Universidade de Aveiro em comunicado, prevê o desenvolvimento de uma prova de conceito de tecnologias e funcionalidades de sensores inteligentes, integrada numa célula de bateria. O objetivo é que seja capaz de desempenhar a monitorização operacional, correlacionar a evolução dos parâmetros monitorizados com os fenómenos de degradação físico-químicos, e melhorar o desempenho funcional da bateria e segurança através de algoritmos aperfeiçoados, que fornecem indicadores de maior precisão em tempo real.
A plataforma multisensor em desenvolvimento vai ser aplicada em veículos elétricos e pretende reduzir o envelhecimento, melhorar as margens de segurança e autonomia, desencadear a autorregeneração e facilitar o uso como segunda vida das baterias.
A equipa da Universidade de Aveiro que participa neste programa conta com os investigadores Micael Nascimento, Carlos Marques, João de Lemos Pinto e com a gestão de projeto de Luísa Sal. O INSTABAT é coordenado pelo Comissariado de energia atômica e energias alternativas (CEA, França) e conta ainda com a participação de outros centros de investigação franceses (CNRS e INSA). e parceiros empresariais, como a BMW, e Infineon Technologies (Alemanha), Faurecia (França) e Varta (Áustria).