1. Joker: Loucura a Dois, de Todd Phillips
O Joker volta a atacar. Mais uma vez, quem dá corpo ao louco e malvado palhaço da saga Batman é Joaquin Phoenix – e ainda antes do filme estrear já há quem fale de um possível Oscar a caminho… Tal como no filme de 2019, Todd Phillips é o realizador e a grande novidade é a presença de Lady Gaga no papel de Harley Quinn, aqui numa versão de “terapeuta musical” que forma uma bizarra dupla com Arthur Fleck/Joker, internado num hospício. Estreia a 3 out
2. Sobreviventes, de José Barahona
Em mais uma rotineira viagem, entre a costa angolana e a brasileira, em meados do século XIX, um navio negreiro naufraga. Nessa situação extrema, qual é a relação que se cria entre os “senhores” que seguiam a bordo e os negros escravizados traficados pelos portugueses? Uma questão histórica mas bem atual. Esse é o ponto de partida deste filme, que remete para o romance de José Eduardo Agualusa Nação Crioula e é a segunda longa-metragem de José Barahona. Esta coprodução Portugal/Brasil conta com Anabela Moreira, Zia Soares, Ângelo Torres e Miguel Damião nos principais papéis e teve a participação de Milton Nascimento na banda sonora. Estreia a 3 out
3. The Substance, de Coralie Fargeat
O regresso da atriz Demi Moore a um papel de protagonista faz-se num filme que tem todas as características do body horror, um subgénero dos thrillers, em que as intervenções no corpo/mente humanos estão em destaque. É a segunda longa da realizadora francesa Coralie Fargeat, também autora do argumento que lhe valeu um prémio na edição deste ano do Festival de Cannes. A “substância” do título, traficada no mercado negro, permite a quem a toma (como a protagonista, depois de ser despedida por a considerarem demasiado velha…) tornar-se uma versão muito aperfeiçoada de si próprio. Mas claro que não vem com literatura inclusa a avisar para os terríveis efeitos secundários… Estreia a 31 out
4. Gladiador II, de Ridley Scott
Foi o segundo filme mais lucrativo do ano 2000 (só atrás de Missão Impossível II) e ganharia cinco Oscars (incluindo o de melhor filme do ano). Gladiador, de Ridley Scott, foi marcante na tendência de pôr os épicos históricos na moda outra vez. A tentação de fazer uma espécie de sequela era, pois, enorme (ou não fosse essa umas das mais usadas fórmulas da atual indústria cinematográfica norte-americana). Quase um quarto de século depois, ela aí está. Ridley Scott está de novo nos comandos e dois atores recuperam os papéis que já desempenhavam no filme anterior: Connie Nielsen e Derek Jacobi. Denzel Washington, no papel de um ex-escravo que quer controlar Roma, Paul Mescal e Pedro Pascal são os atores que vão pôr o mundo a viajar, outra vez, para a trepidante Roma Antiga. Estreia a 14 nov
5. The Room Next Door, de Pedro Almodóvar
Só chega às salas nacionais em dezembro, mas já é um dos filmes de que mais se fala nesta rentrée, depois de ter tido estreia mundial no 81º Festival de Veneza. The Room Next Door é a primeira longa-metragem do espanhol Pedro Almodóvar falada em inglês e baseia-se no romance da nova-iorquina Sigrid Nunez What Are You Going Through (de 2020). Um tema muito caro a Almodóvar (relacionamentos entre mulheres, a amizade feminina) está no centro da trama, que conta com Tilda Swinton e Julianne Moore nos principais papéis e nos põe a pensar num tema duro e bem atual: a eutanásia. Estreia a 5 dez
Tribeca Festival
A programação completa ainda está por anunciar, mas há grande expectativa para a primeira edição do Tribeca Festival fora dos EUA. Lisboa foi a cidade escolhida, numa organização em parceria com a SIC e o seu canal Opto.
Apesar da atual promoção do festival no “Beato Innovation District” insistir muito na presença de grande nomes “de Hollywood”, o Tribeca tem uma raiz totalmente nova-iorquina. Surgiu em 2002 como uma resposta direta ao grande trauma dos ataques do 11 de Setembro, com o objetivo de recuperar a vitalidade artística desse bairro de Manhattan (Tribeca) e de toda a cidade. À sua frente estavam o ator Robert De Niro, a produtora Jane Rosenthal e o seu marido, Craig Hatkoff, empresário na área do imobiliário.
Desde início, o festival tem-se dedicado, sobretudo, a promover o cinema independente, tanto na área da ficção como dos documentários, e nos últimos anos abriu-se também ao mundo dos videojogos. Na sua extensão lisboeta, apresenta-se como “um dos maiores festivais de entretenimento e cultura pop”, dedicado ao “storytelling nas suas mais variadas formas.” A realizadora Patty Jenkins, a atriz Whoopi Goldberg e o ator Griffin Dunne foram os primeiros nomes divulgados como “oradores principais” na estreia do Tribeca Festival em Lisboa. Beato, Lisboa > 18-19 out, sex-sáb > €75 (diário) €130 (passe)