O que ficou do colonialismo? Como se manifesta, social e geograficamente, esse ato de controlar um território, sociedade ou cultura(s)? Até novembro, o tema está em destaque na 34ª edição dos Encontros da Imagem, o festival nascido em Braga em 1987 e que, nos últimos anos, também chega ao Porto, Guimarães, Barcelos e Avintes (Vila Nova de Gaia).
A escolha da temática deste ano, Legados do Colonialismo, não foi alheia à comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, numa edição que tem pela primeira vez direção artística da historiadora de arte finlandesa Elina Heikka.
Radicada em Lisboa, a antiga diretora do Finnish Museum of Photography, em Helsínquia, selecionou obras de 11 artistas para o núcleo principal em Braga, que se espalha pelo Theatro Circo, Museu Nogueira da Silva, Mosteiro de Tibães, Gnration e Galeria do Paço: Ayrton Heráclito, Amilton Neves, Augusto Brázio, Margot Wallard, Marja Helander, Marques Valentim, Ofir Berman, Omar Vitor Diop, Sammy Beloji, Sofia Yala e Varvara Uhlik. “Para vários fotógrafos, o tema surge da sua própria história familiar e experiência pessoal, enquanto outros abordam a história colonial de uma perspetiva mais ampla, questionando a história de um País ou nação”, conta Heikka.
Além dos prémios de fotografia Discovery Award (novos artistas), Photobook Award (melhor livro de fotografia do ano) e Emergentes: Portfolio Reviews Award (melhor portefólio de fotografia), é apresentada a exposição Orixe (Origem), com curadoria de Vitor Nieves, da costa-riquenha Glorianna Ximendaz, vencedora da última edição do Prémio Galiza de Fotografia Contemporânea.
Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais > até 3 nov > vários locais em Braga, Porto, Guimarães, Barcelos e Avintes (Vila Nova de Gaia) > grátis, cinema (€3 e €4)