Passadas mais de duas décadas sobre a primeira edição, já pouco resta do Sudoeste original. Mais do que um festival de música perto da praia, onde as bandas se sucedem umas às outras, é hoje, e cada vez mais, uma imensa festa de celebração do verão, em que os grandes concertos rock foram sendo, aos poucos, substituídos por propostas mais de acordo com os gostos das novas gerações – sejam eles as grandes estrelas do hip-hop internacional ou os mais conhecidos DJ da atualidade. Não é melhor nem pior, é apenas diferente, e a mudança revelou-se numa aposta ganha, como se comprova pelas mais de cem mil pessoas presentes em cada edição nestes últimos anos.
Agora, como dantes, em agosto, todos os caminhos vão dar à Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, que durante cinco dias volta a transformar-se numa imensa pista de dança. Depois da tradicional festa de receção ao campista, nesta terça, 7, o festival começa no dia seguinte já com os três palcos do recinto em funcionamento, pelos quais vão passar o rapper português Piruka e o artista colombiano de reggaeton J. Balvin. Para quinta, 9, está guardado um dos alinhamentos mais fortes, que junta a kizomba do angolano C4 Pedro ao R&B do norte-americano Jason Derulo, e ao hip-hop do nigeriano Wizkid com as batidas eletrónicas do DJ holandês Hardwell. Na sexta, 10, as batidas do hip-hop marcam o ritmo do palco principal, com as atuações dos norte-americanos Desiigner e Lil Pump e dos portugueses Sam the Kid e Mundo Segundo. O último dia, sábado, 11, está reservado para aquele que é o grande cabeça de cartaz da edição deste ano: o canadiano (e lusodescendente) Shawn Mendes, considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes de 2018 e já com mais de 10 milhões de discos vendidos em todo o mundo.
A “Praia do canal” é um dos pontos mais concorridos do festival – vigiada por nadadores-salvadores, até conta com um bar.
Herdade da Casa Branca, Zambujeira do Mar, Odemira > 7-11 ago, ter-sáb 17h > €55 a €120 (passe)