1. Porto
Natural de Minde, Alcanena, deixou-se conquistar pela cidade onde viveu desde 2014, quando assumiu a direção artística do Teatro Municipal do Porto, cargo que acaba de deixar para dirigir a sala de espetáculos francesa Maison de la Danse, em Lyon. “O Porto é uma cidade-desafio, belíssima para descobrirmos lentamente e nos perdermos nos seus segredos: da Baixa, em constante bulício e transformação, aos becos silenciosos da Sé, das longas caminhadas, ladeando o Douro, às tardes de leitura no Parque da Cidade.”
2. Lia Rodrigues
O mundo da dança contemporânea atravessa “um momento fantástico”, diz Tiago Guedes, destacando o trabalho da coreógrafa brasileira Lia Rodrigues: “Desenvolve os espetáculos na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, e depois leva-os por todo o mundo, mostrando a força e a beleza simbólica das suas obras e dos bailarinos. É uma artista única.”
3. Praia do Barril, Algarve
Tiago Guedes escolhe habitualmente o Sotavento algarvio para “recarregar baterias”, junto ao mar, durante três semanas. “Na Praia do Barril, e nos seus largos quilómetros que a ligam à barra da Fuseta, consigo abstrair-me de tudo e descansar. E aproveito para pôr em dia grande parte dos livros que ficou por abrir.”
4. FTA – TransAmériques, no Canadá
Destaca o festival de artes performativas que se realiza em Montréal, Canadá, pela militância “nas questões ecológicas, de género e de representatividade artística”. “Sempre foi um exemplo a seguir”, diz.
5. Lyon
De regresso a França, onde foi coreógrafo residente do teatro Le Vivat, em Armentières, entre 2006 e 2008, Tiago Guedes acredita que vai gostar de viver em Lyon: “Com grandes instituições culturais e uma movida underground muito ativa, é uma das cidades francesas que mais se têm desenvolvido nos últimos anos.” Salienta ainda a atenção dada às questões ecológicas, que a têm “transformado urbanisticamente”.
6. Rivoli, no Porto
Entre as salas por que já passou, elege o teatro do Porto que agora deixa: “Nenhum tem a força do Rivoli. Desde 1932 que olha a cidade e as suas transformações, fazendo parte ativa desse devir constante”, justifica.