ROUPA
Dos básicos, em materiais sustentáveis, às peças de autor, versáteis e com design único
1. Mrs. Mood
É bem portuguesa a marca, mas os fatos de banho, as camisas e os vestidos de linho da Mrs. Mood já deram o salto internacional e vendem-se também em Ibiza, Mikonos, Formentera ou Nice (por cá, chegam a casa em 24 ou 48 horas). “É tudo feito em Portugal, dos estampados à manufatura”, garante Duarte Cunha, que com a mulher, Pia, fundou a Mrs. Mood, em 2015. “Somos apaixonados pelo Mediterrâneo, foi isso que nos inspirou.” Começaram por peças para homem, até que, em 2019, lançaram a primeira coleção de mulher, na qual se destacam as túnicas-vestido, desenhadas por Pia, a criativa da marca. A Mrs. Mood aposta na sustentabilidade e na simplicidade das peças, “que tanto se usam no areal como num almoço no melhor restaurante da praia. São descontraídas, mas com bom ar, aliás a imagem da marca transmite isso”, diz Duarte. www.mrmood.pt > a partir de €86
2. Isto.
A essência da ISTO. são os básicos intemporais de qualidade, de algodão orgânico e linho, a preços justos e acessíveis. Criada em 2017 como uma marca para homem, acaba de lançar a primeira coleção para mulher. “Decidimos alargar ao universo feminino, depois de vários pedidos e também porque queríamos abranger o máximo de pessoas possível”, explica Pedro Palha, um dos sócios fundadores. A coleção tem 14 peças: quatro camisas e uma dezena de t-shirts de várias cores, com decote redondo, em V e um modelo às riscas. www.isto.pt > a partir de €28
3. Misses White
Brancas, de aparência clássica mas com um twist, as camisas da Misses White vão além de qualquer tendência ou estação. Com a aplicação ou remoção de golas, como no modelo Misses Graceful, reinventa-se esta peça essencial do guarda-roupa feminino. www.misseswhite.com > a partir de €64
4. Sienna
Marisa Matos herdou das avós o bichinho da costura e a sua primeira máquina, onde começou a fazer peças de roupa para si. Em pouco tempo, o hobby transformou-se na Sienna, uma marca pensada “para mulheres elegantes, livres, que não se levam muito a sério e gostam de peças diferentes”, refere Marisa. As mangas bufantes, como lhes chama, são uma das imagens da Sienna, a par da versatilidade estampada em vestidos, camisas, calças e tops. “Sou pouco consumista, faço peças que podem ser usadas em vários contextos e combinadas com o que já se tem no guarda-roupa. www.siennainspo.com > a partir de €77
5. +351
O corte simples das peças é uma das características da +351, a marca criada por Ana Penha e Costa que produz tudo em fábricas do Norte do País. Na nova coleção Sun, Ana apostou nas riscas e nas cores do verão – azul, amarelo, rosa –, que ganham vida em t-shirts (sem costuras, com gola muito fininha), calças, calções, casacos e polos, lançados por fases no site da +351. “É uma forma de criar mais interesse e desejo”, refere a criadora, que pela primeira vez incluiu toalhas de praia e espreguiçadeiras numa coleção. www.plus351.pt > a partir de €45
TÉNIS E ACESSÓRIOS
Feitos com materiais reaproveitados e naturais, são pensados para durar
6. La Petite Sardine
Cada vez que visitava uma feira de artesanato, a fisioterapeuta Diana Macedo apaixonava-se pelo trabalho dos artesãos. A cestaria tradicional portuguesa está na génese da marca que ela criou em 2017 e cujo nome faz a ponte entre Portugal e França, onde Diana nasceu. La Petite Sardine aposta, sobretudo, em cestas de vime, feitas à mão por artesãos da zona de Barcelos, mas cresceu para chapéus de palha e, nos últimos dois meses, também para candeeiros de teto. www.lapetitesardine.pt > a partir €36
7. Sanjo
Depois de alguns anos a ser fabricada na China, a primeira marca portuguesa de sapatilhas (nasceu em 1933, em São João da Madeira) voltou a ser produzida em Portugal, em Felgueiras. No site, encontram-se os clássicos K100 e K200 e modelos novos, numa versão mais amiga do ambiente (a sola passou a ser colada, em vez de vulcanizada). www.sanjo.pt > a partir de €65,50
8. Cuscuz Design
A designer Ana Mendes reaproveita madeira em fim de vida (como cadeiras em cerejeira) para a criação de óculos de sol, feitos à mão, e que podem ser personalizados. Brincos e um monóculo, feito de madeira e acrílico reutilizados, são as novidades desta marca sustentável. cuscuzdesign.com > a partir de €80
9. Wayz
A marca de ténis, de Pedro Maçana e Daniel Gonçalves, nasceu para ser amiga do ambiente, apostando na produção local. “A nossa rede de fornecedores está num raio de 70 km da zona do Porto”, contam. Dos materiais utilizados – pele de curtimenta vegetal no exterior e no interior, sola de borracha reciclada, cordões de algodão, palmilha que mistura linho, lã, látex e madeira biodegradável –, só o tecido feito com lixo de mar reciclado é importado de Espanha. A Wayz tem quatro modelos unissexo: Sonder, Misfit, Wanderer e Hedonist. wayzforlife.com > a partir de €140
10. Rita Prates Caetano
A marca carrega o nome da designer de bijuteria, com peças em macramé inspiradas na Natureza, que se destacam pela composição de cores fortes. Brincos com franjas, gargantilhas arrojadas ou pequenos colares, que podem ser personalizados a pedido, através das redes sociais. www.facebook.com/ritapratescaetano, www.instagram.com/ritapratescaetano > €8-€50
11. Sir Tile
À experiência na produção de meias, os designers Paula Cortez e João Portas juntaram a inspiração nos padrões de azulejos, dos mais geométricos aos florais, um património bem português que eles queriam perpetuar. Produzidas em Braga, as meias unissexo estão divididas em dois números (36-40 e 41-45) e são feitas em algodão de fibra longa. sirtile.com > €20
12. António
A marca “sustentável, ética, transparente”, nascida em 2017, leva o nome do pai de Ana e Sara Mateus, formadas em Design de Produto e Design Gráfico, respetivamente. “Crescemos numa fábrica [em Benedita], onde o nosso pai trabalhava a pele”, contam. Disponíveis em duas ou três cores neutras, feitas de pele de curtimenta vegetal, as malas, as carteiras, as clutches e os porta-moedas (todos com nome próprio) têm “um design intemporal, que se adapta a qualquer look, agora ou daqui a 20 anos”, resume Ana. www.antonio-handmadestory.com/shop > a partir €68
CASA
Objetos trabalhados com mestria, a partir de matérias-primas naturais, numa revisitação atual do artesanato português
13. Patrícia Lobo Ceramics
Patrícia Lobo reinventou a cerâmica, um ofício tipicamente português, usando-a na criação de candeeiros com linhas minimais. Feitos a partir de um molde de gesso enchido com barbotina de faiança (uma pasta líquida), bastante resistente, os candeeiros possuem cores que variam entre tons pastel, terrosos e neutros, obtidos através de óxidos. A maioria das peças, cozidas num forno a gás, apresenta texturas e pormenores resultantes da imprevisibilidade do processo, o que as torna únicas. Desde 2018, Patrícia já levou a marca à Maison&Objet, em Paris, a uma feira em Frankfurt e a outra em Tóquio. www.patricialoboceramics.com > a partir de €175
14. Vicara
Criada em 2011 pelos designers e amigos Paulo Sellmayer e Fábio Afonso, como marca direcionada para a autoedição e peças de autor, a Vicara é atualmente uma editora de design. Conta com peças únicas de jovens designers portugueses, produzidas em cartão, cerâmica, vidro, madeira e pedra. A Tasco, uma linha composta por peças em barro vermelho e faiança, destaca-se pelo equilíbrio entre o trabalho dos designers e a técnica de um tipo de artesanato tipicamente português. www.vicara.pt > €3,50-€360
15. Rival
As colheres, as taças e os utensílios que saem das mãos de Ricardo Jerónimo são os preferidos de muitos chefes de cozinha. Em madeira de castanheiro, nogueira, ácer ou amargoseira, as peças, inteiramente esculpidas à mão, procuram o equilíbrio entre beleza e funcionalidade. www.rivaldesignermaker.com > a partir de €30
16. Martinho Pita
Martinho Pita é um arquiteto que se reinventou para poder permanecer em Portugal, quando muitos emigravam, devido à crise económica de 2010. Num período sabático, com a ajuda do pai, aprendeu a trabalhar a madeira e começou a dedicar-se à criação de objetos de mobiliário, nomeadamente candeeiros. Da madeira passou ao vidro e nasceram as Gotas. Cada candeeiro resulta do diálogo entre os esboços do artista e a arte de um mestre vidreiro da Marinha Grande que, soprando, lhes dá forma. As peças, únicas, são produzidas numa breve janela temporal, durante a qual o vidro se mantém maleável. www.martinhopita.com > T. 91 568 6997 > a partir de €495
17. Sugo Cork Rugs
A Sugo é a primeira marca do mundo a incluir cortiça na criação de tapetes, conferindo-lhes maior leveza, impermeabilidade e resistência. Utilizando técnicas artesanais de tecelagem e materiais naturais, como linho e algodão, a designer Susana Godinho idealizou peças que respeitam o ambiente e fazem um uso sustentável dos recursos. Embora os clientes sejam na sua maioria empresas, é possível encomendar tapetes personalizados. Explica Susana: “Como são produzidos manualmente, com cores, tamanhos e pontos diversificados, cada tapete é exclusivo e feito à medida.” www.sugocorkrugs.com > a partir de €198/m²
18. Ghome
Fomentar um consumo consciente que combata a produção em série – é este o objetivo de Gonçalo Prudêncio, criador da Ghome. “Desenhamos peças feitas para durar. Assim, as pessoas têm tempo para se afeiçoar e querer cuidar dos móveis que levaram para casa”, refere. A quase totalidade dos artigos da Ghome é fabricada na zona de Sintra e utiliza matérias-primas portuguesas, sempre naturais, como a pedra, a madeira, o aglomerado de cortiça e o metal. Na fase de produção, Gonçalo confia o trabalho a oficinas locais de artesãos, com competências em áreas e técnicas específicas. Desta forma, além de assegurar a continuação da produção local, a marca contribui para a preservação de ofícios em vias de extinção. www.ghome.pt > T. 96 632 8326 > a partir de €20
19. ClementinAtelier
As cerâmicas de Rita Machado são uma paixão de longa data, transformada em profissão. A partir de texturas e da Natureza, Rita cria coleções inspiradas por estes elementos. “Por vezes, a inspiração chega de forma inesperada. Pode acontecer numa viagem ou simplesmente através de imagens, cores e formas que me vêm à cabeça.” Cozidas em forno elétrico, as peças são realizadas em barro, a partir de moldes de gesso, e finalizadas com tintas e vidrados, “tudo português”, assegura Rita. www.clementinatelier.com > €8-€60