Sustentável, circular e cada vez mais consciente. Assim será a moda das próximas décadas se a indústria souber reinventar-se para lá da rapidez das tendências e da exigência das redes sociais. A H&M é uma das marcas que se tem empenhado em antecipar a capacidade de designers e inventores em transformar uma indústria que continua a ser muito pouco ecológica, tornando-a mais justa e mais amiga do planeta. Para isso, conta com a Fundação H&M, uma organização sem fins lucrativos que funciona em paralelo com a marca sueca e que este ano volta a promover o Global Change Award. O objetivo é apoiar inovações em fase embrionária, capazes de contribuir para uma moda mais circular. “São ideias que podem ajudar a mudar toda a indústria”, sublinha Karl Johan Persson, membro do conselho de administração da Fundação H&M e CEO da empresa proprietária da marca.
Os cinco vencedores incluem ideais tão originais quanto a Crop-a-Porter, criação de biotêxteis sustentáveis feitos com sobras de alimentos; a Algae Apparel, que transforma algas em biofibras benéficas para a pele; a Smart Stich, um fio mais fácil de dissolver e, por isso, de reciclar; o The Regenerator, outro projeto que quer facilitar a reciclagem através da separação de tecidos; e, por último, a Fungi Fashion, peças de roupa feitas a partir de cogumelos biodegradáveis. “É nesta fase inicial dos projetos que podemos oferecer os recursos que são muito necessários, o acesso a informação e as ferramentas que ajudam a fazer a diferença. Existem muitas boas ideias, mas o acesso a capital, experiência e apoio aos negócios é escasso, por isso muitas ideias nunca chegam a ver a luz do dia”, resume Erik Bang, diretor de Inovação na Fundação H&M. Os vencedores foram escolhidos por um júri de especialistas da área, mas será o público a votar no projeto que ganhará uma bolsa de 300 mil euros e apoio da Fundação H&M.
Votações até 16 de março em globalchangeaward.com