Comecemos pelo nome: calico é um tecido grosseiro de algodão, fabricado em Calecute, na Índia, onde o navegador português Vasco da Gama desembarcou em 1498. Foi esta a palavra escolhida para o novo restaurante do Porto (funciona desde novembro onde antes estava o Marmorista, na Boavista), dividindo os seus 400 m² entre um bar e uma sala de refeições com 80 lugares.
O Calico é um investimento da empresa Araiya, de Amruda Nair, que decidiu expandir o seu negócio de hotéis na Índia e de restaurantes na ilha de Malta para Portugal (a este restaurante no Porto devem juntar-se outros dois no País e ainda um boutique hotel).
A ementa é uma mescla das cozinhas indiana, portuguesa e do Brasil, esta influenciada por António Arnaud, o brasileiro que é diretor-executivo da Araiya na Europa. “Queremos que o cliente tenha uma experiência diferente, desde a boa comida ao serviço. Pode começar a noite no bar ou ir até lá para dançar depois do jantar”, diz António Arnaud sobre este espaço decorado com tapeçarias, lustres e esculturas de madeira oriundas da Índia.
A cozinha mantém-se no meio da sala e está agora sob os comandos de três cozinheiros indianos, e de outros quatro de diferentes nacionalidades, Portugal incluído.
Da Índia, servem-se croquetes de ervilha (€7), espetada de cordeiro (€13), salmão tandoori (€14), biriyani de cogumelos ou de chouriço e camarões (€15-€22), butter chicken (€16, peito de frango cozido com caril de especiarias indianas), chambão de cordeiro (€28) ou o pão naan feito ao momento no forno tandoor de barro.
Do Brasil, vem o molho de maracujá servido com corvina grelhada (€26), a castanha de caju para o caril de camarão (€24) ou a picanha (€28). E a cozinha portuguesa faz-se representar com o bacalhau assado com batatas assadas (€22). Nas noites de sexta e sábado, o jantar é servido com animação adicional: há bailarinos, um violinista e DJ a pôr música.

Calico > R. da Meditação, 70, Porto > T. 91 552 8347 > ter-qui 12h-15h, 19h-22h, sex-sáb 12h-15h, 19h-2h