Quando abriu, em abril de 2019, perto do Palácio de Belém, O Frade assumia-se um restaurante alentejano de gema. Desde então, os seus petiscos e pratos, saboreados no balcão em forma de “u”, ganharam fama e muitos clientes habituais.
Passados quatro anos, o proprietário Sérgio Frade, 41 anos, decidiu alargar o receituário à cozinha portuguesa, aumentando o leque de sabores e produtos, na sua maioria da estação.
Com a saída do chefe e sócio Carlos Afonso, em finais de 2021, a cozinha deste restaurante, que é também uma homenagem ao Frade de Beja (pertencia aos avós de Sérgio e Pedro), seria entregue a Diogo Carvalho, natural de Matosinhos. Na verdade, trata-se de um regresso já que o cozinheiro de 24 anos, formado em pastelaria (mas que sempre gostou de cozinhar) esteve no início do projeto. E ideias não lhe faltam.
À prova, seja no balcão seja na esplanada, há agora novidades para experimentar, como o rissol especial de lingueirão (€5), o lingueirão à Bulhão Pato (€16) e o arroz cremoso de cogumelos (€16,50), que apetece comer à colher. A estas sugestões, junta-se o rabo de boi estufado com legumes (€19), para partilhar.
Mas nem tudo mudou por estes lados. Na ementa, mantém-se o famoso arroz de pato à Frade (€19,80) e a muxama de atum com ovos (€14). Para acompanhar a refeição, há vinhos de todas as regiões vitivinícolas, onde se incluem os vinhos de talha DOC, produzidos pela família Frade. Na lista, contam-se seis referências, entre brancos e tintos.
O final pede pela novíssima sobremesa Dom Rodrigo, limão e merengue e, claro, por mais um copo da colheita da casa, o Peculiar 2018.
Em 2022, o Guia Michelin distinguiu o Frade com o Bib Gourmand (boa qualidade-preço). O restaurante tem também um balcão com 15 lugares e uma esplanada, para 42 pessoas, no Time Out Market, no Mercado da Ribeira.
O Frade > Cç. da Ajuda, 14, Lisboa > T. 93 948 2939 > seg-dom 12h30-16h, 19h30-24h