Terá um especial gostinho sul-americano esta edição de O Chocolate em Lisboa, que começa esta quinta-feira, 4, no Campo Pequeno, e se prolonga até domingo, 7. Pela primeira vez, existe um país produtor convidado e a escolha foi para o Peru, um dos maiores produtores de cacau do mundo (2.º maior produtor de cacau orgânico e 12.º do mundo), com qualidade reconhecida pela Associação Internacional dos Países Produtores de Cacau. Na feira de Lisboa estarão vários dos chocolates de alta qualidade, criados com cacau peruano, alguns premiados em concursos europeus. “Vamos trazer todo o imaginário associado ao Peru através de atividades que se vão dividir em dois novos palcos, o Inca e o Peru”, explica Filipe Frazão, da organização. No palco Inca, os visitantes vão encontrar um painel de azulejos (de três metros de largura por dois e meio de altura) que retrata fielmente uma imagem de Machu Picchu, um dos locais mais visitados do Peru, e que foi produzido com 100 quilos de chocolate, por Paulo Santos. À frente deste painel, o mestre pasteleiro vai estar a trabalhar diariamente numa escultura (de um metro e setenta de altura) de um Imperador Inca, que será feita com 180 quilos de chocolate (40 kg de chocolate negro, 90 de branco e 50 de leite). Ainda neste palco, em várias alturas do dia, a ceramista Rita Frutuoso vai estar a trabalhar com chocolate na sua roda de oleiro. Com as mesmas técnicas e utensílios com que trabalha o barro, produzirá réplicas fiéis de artefactos Incas. “É uma coisa nova, diferente e arrojada”, diz Filipe Frazão. Já no Palco Peru, estarão homens estátua a recriar agricultores de cacau do Peru e um duo de músicos peruanos a tocar música andina.
Uma vez por dia, a mestre chocolateira peruana Giovanna Maggiolo fará uma demonstração de Chococooking no palco Teka, e ensinará, entre outras coisas, a preparar bombons de chocolate com recheio de Pisco (técnica Candi). Haverá outros pratos e receitas de chocolate para descobrir, confecionados por alguns dos melhores mestres chocolateiros e pasteleiros. “Isto não é um evento só para dar chocolate às pessoas, é também para mostrar e realçar a importância desta parte da cozinha muitas vezes esquecida”, sublinha Filipe Frazão.
Na arena do Campo Pequeno, estarão, como sempre, muitos chocolates para provar e comprar. “As pessoas vão encontrar os melhores chocolates que existem em Portugal, produtos que não se encontram em supermercados. E trazemos algumas das melhores marcas do mundo, aquelas que normalmente servem de base a quase tudo o que se produz com chocolate nas pastelarias”, indica Filipe Frazão. Lá estarão marcas como Valrhona, Manufacture Cluizel e Callebaut, e, em estreia, as peruanas Xocolatl e Shattel, a inglesa Artisan du Chocolat, a francesa Le Lautrec, e as portuguesas Annobon da chocolatier Leonor Ranito, e Capri do chefe pasteleiro António Melgão.
Nesta edição, será ainda possível participar em cinco workshops (€5), que decorrerão no sábado, 6, no Salão Nobre do Campo Pequeno (têm a duração de uma hora e as inscrições devem ser feitas no email workshopochocolateemlisboa@gmail.com). Cozinha Molecular KUUK – Esparguete de Chocolate Negro é apenas um deles e fica como exemplo para deixar crescer água na boca.
O Chocolate em Lisboa > Campo Pequeno > Centro de Lazer Campo Pequeno, Lisboa > T. 21 799 8450 > 4-7 fev, qui-dom 10h30-21h30 > €3,50; 6-11 anos, €1