Longe da gravidade de outros tempos – os iniciais e sem vacinas – a Covid voltou a estar muito presente e não é só uma sensação o haver sempre alguém próximo infetado. Sem confinamento obrigatório e, muitas vezes, até sem teste positivo, a infeção com as variantes do SARS-CoV-2 já não assusta e passa, frequentemente, disfarçada de ligeiro mal-estar. A febre, as dores de garanta e a tosse continuam a ser os sintomas mais associados, embora outros, como os episódios gastrointestinais, não sejam de ignorar.
Mas os especialistas pedem atenção para um conjunto de sinais que devem levar a uma visita a um serviço de urgência ou, pelo menos, ao contacto, tão rápido quanto possível, com o médico assistente.
Apesar de a tosse ser um sintoma comum, a falta de ar deve implicar sempre observação. Se há uma dificuldade respiratória em atividades simples como andar, sentar/levantar ou até mesmo só falar, o especialista em doenças infecciosas do Centro Médico de Wexner da Universidade estadual do Ohio Mahdee Sobhanie garante que é razão para ir às urgências.
Dor no peito é outra bandeira vermelha que deve levar à procura de ajuda médica, assim como lábios com uma coloração azulada.
Os especialistas alertam ainda que o agravamento mesmo de sintomas mais comuns, como a tosse ou a dor de garganta e cabeça (depois da progressão normal para pior durante os primeiros três a quatro dias) também deve levar o paciente às urgências. É normal que demore uma semana até sentir realmente melhoras, e pode ir até 10 ou 14 dias, mas ficar pior a partir do sexto ou sétimo dia já não é normal e pode significar que a infeção com Covid está a evoluir para outro tipo de problemas, como uma pneumonia bacteriana, por exemplo.
Também sintomas como tonturas ou confusão mental merecem atenção médica.