Mantendo sempre bem presentes as regras de higiene e segurança – desde o distanciamento físico à lavagem das mãos, da higienização do calçado à desinfeção dos equipamentos entre cada utilização – e os ginásios, clubes de fitness e instalações de lazer são locais onde o nível de contágio pelo vírus SARS-CoV-2 é “extremamente” baixo, segundo as conclusões preliminares de um novo estudo realizado pelo Sheffield Hallam’s Advanced Wellbeing Research Centre (AWRC) e a Universidade King Juan Carlos, em Espanha.
O estudo denominado SafeACTiVE, encomendado pela EuropeActive, a principal associação sem fins lucrativos que representa os interesses do sector de atividade física na União Europeia, analisou mais de 62 milhões de visitas a ginásio desde setembro e concluiu que a taxa média de infeção é de 0,78 por 100 mil visitas, com apenas 487 casos positivos notificados de operadores com sede na Alemanha, França, Suécia, Bélgica, Holanda, Espanha, Portugal, Noruega, Suíça, República Checa, Polónia, Dinamarca, Luxemburgo e Reino Unido.
Estas descobertas vêm atenuar as preocupações de saúde pública sobre a segurança dentro dos ginásios, confirmando que são ambientes seguros com risco relativamente baixo de disseminação do vírus. Um forte argumento para que o setor da atividade física continue a funcionar durante qualquer futuro surto de doenças infecciosas.
“Sabemos que estar fisicamente apto pode ajudar a reduzir a gravidade da infeção por Covid-19 e, além disso, ser ativo pode-nos ajudar a enfrentar psicologicamente os desafios de uma segunda onda da pandemia em toda a Europa”, destaca Rob Copeland, professor e diretor do AWRC. “Manter os ginásios abertos e totalmente operacionais é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar das nossas comunidades. Eu iria mais longe e sugeriria que os governos de toda a Europa deveriam pensar em como podemos aumentar o acesso à atividade física, e não reduzi-lo, como aprendemos a viver com a Covid-19”, acrescenta.
“A boa forma e a atividade física são uma parte fundamental da solução durante a pandemia para ajudar a fortalecer e a melhorar o sistema imunológico e reduzir o risco de doenças virais”, explica Alfonso Jimenez, professor e responsável da EuropeActive.
Ainda durante o mês de novembro serão divulgados mais pormenores do estudo, incluindo informações detalhadas por região e países, considerando as diferentes taxas de infeção na Europa.