Ecovia do Vez, Sistelo

Criada em 2015 e com uma extensão de 32,5 quilómetros, feitos normalmente em três etapas, esta ecovia liga Sistelo a Vilela. Um terço do percurso acompanha o leito mais estreito do rio Vez e faz-se em passadiços de madeira intercalados pelos antigos trilhos de transumância.
Inserida na área protegida da Reserva Mundial da Biosfera, uma classificação atribuída pela UNESCO, o seu entorno revela uma fauna e flora únicas.
A quebrar o silêncio, os cantos dos pássaros – é possível avistar patos-reais, garças-reais e guarda-rios – e o restolhar das folhas dos salgueiros, loureiros, amieirose muitas outras espécies que abrigam os caminhantes com uma agradável sombra verde.
Devido a declives acentuados nos passadiços e troços com muita pedra, não se aconselham carrinhos de bebé.
Rota dos Fósseis, Idanha-a-Nova

Quem olha para a paisagem a partir da muralha do castelo de Penha Garcia tem dificuldade em imaginar que toda esta área esteve submersa no mar. A prova, porém, está no vale e nos fósseis com cerca de 500 milhões de anos que ali se encontram.
O percurso segue o desfiladeiro escavado pelo rio Pônsul e termina numa agradável piscina fluvial. Esta pequena rota de apenas 3 quilómtros, e que parte do Largo da Igreja de Penha Garcia, é um dos tesouros do Geopark Naturtejo, que tem atraído muitos visitantes, entre eles paleontólogos e cientistas de todo o mundo.
Ecovia do Litoral Sul, Vila do Conde

Sempre com o mar à vista, esta ecovia parte de Azurara, na margem sul do rio Ave, atravessando as freguesias de Árvore, Mindelo, Vila Chã e Labruge.
No total, conte com cerca de 8,6 quilómetros, a maioria deles em passadiços de madeira que preservam esta paisagem protegida, onde se inclui a Reserva Ornitológica de Mindelo, refúgio de mais de 150 espécies de aves mas também de anfíbios.
Para uma caminhada mais calma, aconselhamos que evite o início da manhã e o final da tarde, altura em que irá cruzar-se com muitos outros «caminheiros». Uns em passo lento ou de corrida, outros de bicicleta.
Passadiços de Aveiro

Na zona centro, e a dois passos – leia-se dois quilómetros – do centro da cidade de Aveiro encontram estes bonitos passadiços que partem do Cais da Ribeira de Esgueira e cruzam a ria. Com sete quilómetros de extensão (ou o dobro, em caso de ida e volta) este passeio nunca é igual, dependendo se a maré estiver baixa ou alta e da hora a que o fizer.
Se os mais novos se queixarem que estão cansados, não desespere. Ao longo do percurso estão dispostos vários bancos, sempre sobre a água, onde podem fazer uma pausa e aproveitar para descobrir algumas curiosidades, dizeres e costumes locais ali revelados.
Se ainda tiverem energia, façam um desvio para visitar as salinas, onde se produz o famoso sal de Aveiro, e o Centro Municipal de Interpretação Ambiental, no lugar do Moinho, mesmo em frente à Marinha da Troncalhada.
Passadiço da Foz do Arelho

Os famosos passadiços criados pela arquiteta paisagista Nádia Schilling, a 10 quilómetros das Caldas da Rainha, são um ponto de paragem e de passeio obrigatório para quem passa pela região.
Pode começar por percorrê-los no cimo da falésia onde temina a via que liga Salir do Porto à Foz do Arelho. No total, são cerca de 800 metros de passadiços que se entrelaçam a diversas alturas, ao longo da falésia. Para contemplar a paisagem como esta bem merece, o percurso é pontuado por miradouros, bancos e varandas.
O projeto de Nádia Schilling integra o Atlas of World Landscape Architecture, publicado pela Braun, uma editora suíça especializada em livros de arquitetura.
Trilho do Tejo, Grande Lisboa

Na Área Metropolitana de Lisboa, entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria, esconde-se um lugar de beleza natural única, ali mesmo à beira-rio. Se seguir em direção à Praia dos Pescadores, irá encontrar o Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo, que surpreende pela sua calma.
Com apenas 700 metros de extensão, o Trilho do Tejo percorre-se em pouco tempo, cerca de 10 minutos, mas não tenha pressa. Vá parando para contemplar. Tudo isto pode ser alterado se pararmos para contemplar a vegetação de valados, caniço e sapal.
E fiquem atentos às aves dos campos agrícolas e das salinas abandonadas, é possível que aviste verdilhões, cartaxos e chapins-azuis. Estacionamento, campo de voleibol de praia e uma esplanada faz deste lugar um ponto a descobrir pela família, num dos seus passeios de fim de semana.
Trilho Panorâmico do Tejo, Vila Nova da Barquinha

Inaugurado há pouco mais de um ano, este trilho aproveita o original, feito há mais de uma década pelo Grupo de Cicloturismo Barquinhense que adaptou um antigo caminho rural para a prática de BTT.
Com cerca de 14 quilómetros de extensão, se não se fizerem grandes pausas, demora perto de duas horas e meia a ser percorrido. Pelo caminho, além da companhia do Tejo, descobrirá ruínas de igrejas e o Castelo de Almourol.
O percurso é linear, pelo que pode optar por deixar o carro em Vila Nova da Barquinha e partir em direção à foz do Zêzere e regressar de táxi (a viagem custa cerca de dez euros).
No sentido inverso, os caminhantes são surpreendidos no final do percurso com o Parque de Escultura Contemporânea, que ocupa sete hectares pontuados por muitas árvores e sombra.