Olá, bom-dia
Álvaro Siza Vieira quis ser escultor, mas por insistência da família acabou por seguir arquitetura. Leitor incondicional de poesia, admirador maior de Kavafis, sempre traçou semelhanças entre a arte poética e a arte arquitetónica. Os mais próximos conhecem-lhe, aliás, alguns textos literários, nunca publicados e até bastante desvalorizados pelo próprio (“nenhum está acabado”). A poesia, diz Siza Vieira na entrevista à VISÃO que hoje aqui recordamos, é “um trabalho de extremo rigor, em que cada verso é um diamante”: “O máximo da poesia é que com um mínimo de recursos nos dá a percurso da vida. Há em toda a grande poesia, na poesia grega, oriental, chinesa, nomeadamente nos hai-kays, uma busca da essencialidade e perfeição.” E ainda acrescenta: “Busca e desejo.”