Uma cidade “maravilhosamente desalinhada, autenticamente piscatória, com os seus adoráveis mercados de comida”. É assim que Jamie Oliver e a sua equipa se manifestam rendidos aos encantos de Olhão, onde a pesca e a indústria conserveira teimam em não desaparecer, mantendo os traços de um Algarve típico e distante dos grandes resorts.
A frescura dos alimentos, num ambiente tradicional, são elogiados ao longo das páginas da edição de agosto da jamiemagazine. Os autores percorreram ruelas e mercados, atravessaram, de barco, a ria Formosa, “onde existem algumas das melhores praias da Europa”, e informaram-se sobre a arte da apanha da amêijoa. “Adoraram o peixe da nossa costa e a açorda fervida, que é a especialidade da casa”, recorda Maria João Periquito, sócia do Vai e Volta, um dos oito restaurantes selecionados pela revista como um dos locais onde comer.
Agora, esta casa também se enche de ingleses, concorrendo com os habituais alemães e holandeses. Maria João garante que a simplicidade da família que gere o restaurante e a frescura do peixe se vão manter intactos, independentemente da fama. “Uma das razões pelas quais Olhão conserva a sua autenticidade e uma atmosfera única prende-se com o facto de não ter praias aqui, embora algumas das melhores praias da Europa estejam à distância de uma viagem de barco.” E assim se espera que continue.
COMO É QUE SE DIZ?
Jamie criou até um pequeno dicionário para que os turistas ingleses pudessem ir ao mercado comprar o peixe, mas chamando-o pelo seu nome em portugês. Cinco exemplos:
ROBALO – Sea bass PEIXE ESPADA – Scabbardfish BICA – Pandora BIQUEIRÃO – Anchovy CARAPAU – Horse mackerel