“Esta academia é um sonho de há muitos anos e uma promessa de há quatro. É ridículo quando se diz que isto devia ser adiado e que é um trunfo eleitoral. Não, isto é um trunfo do FC Porto para ser cada vez melhor na promoção e formação de jogadores”, apontou.

A maqueta da obra foi explanada no Estádio do Dragão, no Porto, dois dias depois de a Assembleia Municipal da Maia ter ratificado a venda pelo valor base de 3,36 milhões de euros (ME) de 18 parcelas englobadas no projeto do Parque Metropolitano da Maia, que têm 140.625 metros quadrados e são desejadas pelo FC Porto para erguer a academia.

“Há anos que o clube procura um projeto em condições para servir as suas ambições na formação. Finalmente, chegámos a essa situação, até porque convergiram muitas boas vontades. A nossa administração contactou há mais de dois anos a Câmara Municipal da Maia, que entendeu a importância económica, de imagem e social de um projeto desta dimensão e que nos acolheu de braços abertos”, explicou o administrador financeiro da SAD, Fernando Gomes, que revelou estar de saída daquele cargo no final do mandato.

Em 18 de março, o executivo daquele município limítrofe do Porto já tinha aprovado por maioria dos terrenos, que estão localizados nas freguesias de Nogueira e Silva Escura e de São Pedro Fins, sendo que a hasta pública foi publicada em Diário da República na terça-feira, ao qual se vai seguir um período de 20 dias para a apresentação de ofertas.

O projeto dispersa-se por quase 23 hectares, dos quais 9,3 pertencem à empresa ABB, junto da qual o FC Porto adjudicou por 6,89 ME um “movimento de terraplanagem”, que está em andamento e vai preparando o terreno para as etapas seguintes da empreitada.

“Muito dificilmente isto será inviabilizado. Há uma hasta pública da Câmara Municipal da Maia para vender 13 hectares para um projeto de uma infraestrutura desportiva. Não me parece que haja alguém que queira licitar um terreno só para prejudicar o FC Porto e o arranque desta operação e para ficar com metade do terreno”, avaliou Fernando Gomes.

A academia está a cargo do arquiteto Manuel Salgado, autor dos projetos do Estádio do Dragão e do Dragão Arena, que participou na sessão com o homólogo Nuno Lourenço e estimou custos totais de 40 ME, montante que o administrador assume estar financiado.

“Conseguiu-se um financiamento, que permitirá pagar mensalmente a tempo e horas os autos de medição. Em seis anos, esse financiamento vai estar pago. Estamos tranquilos nesse sentido”, observou, admitindo que as diligências tiveram “várias vicissitudes”, mas aceleraram desde que Pinto da Costa definiu o lançamento da academia como uma das três condições para se recandidatar à presidência ‘azul e branca’ nas próximas eleições.

Além da Casa do Dragão e de um centro de formação, o projeto engloba um mini-estádio para acolher partidas da II Liga e dos escalões de formação, com cerca de 2.500 lugares cobertos, mais nove campos relvados de dimensões oficiais e um para o futebol de sete.

“Para mim, 2.566 títulos é pouco. Há que ganhar cada vez mais e, para tal, este projeto é fundamental. Estou feliz pelos dirigentes, treinadores e jovens, que nos dão tantos títulos em condições muito precárias. Espero que nasça aqui hoje uma fase em que o FC Porto continue a ser pioneiro na formação de grandes atletas”, apelou o líder máximo do clube.

Detentor de 15 mandatos seguidos e dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, Pinto de Costa concorrerá à presidência do FC Porto com André Villas-Boas, ex-treinador da equipa de futebol, e o empresário Nuno Lobo, candidato derrotado em 2020, nas eleições do clube, que vão decorrer em 27 de abril, no Estádio do Dragão, no Porto.

 

RYTF (VSYM) // AMG

Seja pela dificuldade em adormecer ou por uma atividade de lazer ou laboral obrigar a um sono mais curto, praticamente todos nós já tivemos noites em que não descansámos tanto quanto queríamos e precisávamos. Como resultado, o dia seguinte é mais difícil, com o corpo a não ter a energia necessária para corresponder e o cérebro muitas vezes a demorar mais nos raciocínios, características que parecem as de alguém que tem mais anos de vida. Se alguma vez sentiu isso, não está sozinho: um estudo publicado esta quarta-feira prova que a qualidade do sono afeta a perceção que temos da nossa própria idade.

Psicólogos da Suécia concluíram que um sono repousado e consistente é fundamental para que uma pessoa se sinta mais jovem. Uma análise a 429 voluntários – 282 mulheres, 144 homens e três pessoas que não se identificam com estes géneros, com idades entre os 18 e 70 anos – permitiu perceber que quatro horas de sono durante duas noites fazia os participantes sentirem-se cerca de quatro anos mais velhos. Alguns alegaram ainda que a sonolência criava a sensação de terem mais uma década do que a idade real.

Numa outra fase, os voluntários dormiram durante nove horas e, no dia seguinte, afirmaram que se sentiam, em média, três meses mais jovens. Os participantes que relataram não terem tido noites mal dormidas ao longo do último mês disseram sentir terem quase seis anos a menos do que a idade real.

Os investigadores diferenciaram as respostas dadas pelos voluntários que se consideravam matutinos, ou seja, que gostavam de acordar e deitar-se mais cedo, dos vespertinos, que preferiam acordar e deitar-se mais tarde. E, assim, perceberam que os  matutinos eram os mais afetados quando o sono era interrompido enquanto os vespertinos tinham maior tendência para se sentirem com mais idade, mesmo depois de uma noite de sono com qualidade.

Comparando todos os dados, foi possível perceber que um sono curto está associado à sensação de se ser mais velho do que aquilo que realmente se é. “Quem quer sentir-se jovem, tem que proteger o sono”, destaca Leonie Balter, Psiconeuroimunologia do Instituto Karolinska de Estocolmo  e investigadora principal deste estudo.

Balter afirma que “o sono tem um grande impacto na idade que alguém sente ter”. “Mesmo que se durma menos em apenas duas noites, isso vai ter um impacto real na forma como essa pessoa se vai sentir”. A especialista refere que esta sensação não é apenas um incómodo momentâneo, mas que pode trazer prejuízos para a saúde. Segundo a análise feita aos voluntários, Balter concluiu que noites mal dormidas fomentam dietas pouco saudáveis, reduzem a vontade de praticar exercício e criam uma menor predisposição para conviver com outras pessoas ou até mesmo viver novas experiências.

Palavras-chave:

Às 15:00 (hora de Lisboa), o Dow Jones subia para 39.502,76 pontos e o índice Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, seguia sem qualquer variação percentual em 16.316,48 pontos.

O índice alargado S&P 500 subia 0,31% para 5.219,47 pontos.

No começo da sessão, destacava-se a subida de 14% da Trump Media & Technology Group (TMTG), empresa do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que na terça-feira começou a negociar em Wall Street e acabou o dia com uma valorização de 16,10%.

Em sentido contrário, a rede de lojas de jogos de vídeo GameStop, que subiu significativamente durante a pandemia, baixava 16% após ter apresentado resultados piores do que o esperado no quarto trimestre de 2023, o que levará a uma redução de pessoal.

No índice Dow Jones, a farmacêutica Merck liderava os ganhos (3,98%) e a Salesforce seguia no topo das descidas (-1,80%).

EO // EA

Palavras-chave:

Em Portugal, as empresas familiares desempenham um papel crucial na economia, representando mais de 70% do tecido empresarial nacional, gerando mais de metade das oportunidades de emprego e contribuindo para cerca de 65% do Produto Interno Bruto (Associação Portuguesa de Empresas Familiares, 2023). Estes dados implicam que qualquer trabalhador português tem aproximadamente 50% de probabilidade de trabalhar numa empresa familiar em algum momento da sua carreira profissional. A presença dominante destas empresas no tecido empresarial nacional destaca a necessidade de investigação académica sobre as suas características distintivas e implicações para a força de trabalho (Pimentel & Pereira, 2022).

Uma empresa familiar, em termos básicos, é aquela cujos proprietários pertencem a uma mesma família. No entanto, a sua verdadeira singularidade reside na integração de dois conjuntos distintos de regras, valores e expetativas: os da família e os da empresa (Tagiuri & Davis, 1982). Esta combinação resulta em diferenças significativas que moldam a identidade organizacional e a abordagem operacional das empresas familiares, destacando a preocupação com a preservação da riqueza socioemocional (i.e., aspetos não financeiros da empresa que atendem às necessidades afetivas da família), a orientação de longo prazo e a priorização dos interesses da família, em detrimento da mera obtenção de lucro (Hernández-Linares et al., 2019).

À medida que as empresas procuram criar e promover ambientes e climas laboral favoráveis, entender estes fenómenos e as suas relações torna-se crucial para implementar e fomentar práticas de liderança positivas e, assim, garantir o bem-estar dos trabalhadores

Na complexa dinâmica organizacional destas empresas, pautada por uma amálgama de relações pessoais e profissionais, a liderança formal exerce influência crítica na satisfação dos trabalhadores, moldando o ambiente de trabalho e a prossecução dos objetivos estratégicos. Recentemente, a investigação académica sobre este contexto organizacional explorou e abordou as relações entre traços de psicopatia primária em líderes formais e os níveis de satisfação dos trabalhadores. Indivíduos com traços de psicopatia primária geralmente exibem características como charme superficial, um grandioso de autoestima, falta de empatia e uma tendência para a manipulação. Quando exibidos por líderes formais, estes traços podem ter efeitos profundos na cultura e clima organizacional e, consequentemente, na satisfação dos trabalhadores.

Estudos desenvolvidos no ISPA – Instituto Universitário sugerem que trabalhadores de empresas familiares percecionam menores níveis de psicopatia primária nos seus líderes formais do que aqueles que trabalham em empresas não familiares, havendo um impacto negativo desta perceção nos níveis de satisfação no trabalho (Pimentel & Pedra, 2023). Vários fatores podem ajudar a explicar estes resultados. Desde logo, a orientação de longo prazo das empresas familiares tende a contribuir para uma abordagem mais cautelosa na tomada de decisão, diminuindo a inclinação para condutas manipulativas (Firfiray & Gomez-Mejia, 2021). Também o contínuo escrutínio ao qual os líderes formais estão sujeitos pelos membros da família que estão ativamente envolvidos nas operações da empresa pode atenuar a manifestação de traços psicopáticas primárias (Le Breton-Miller & Breton-Miller, 2021). Além disso, as empresas familiares procuram recrutar e/ou promover profissionais que estejam alinhados com a cultura, regras e valores familiares predominantes. Este viés na seleção de líderes formais pode resultar numa presença reduzida de indivíduos com traços psicopáticos em posições liderança quando em comparação com empresas não familiares, onde as decisões de contratação dependem, predominantemente, de qualificações e experiência profissional.

Compreender a relação entre a manifestação de traços de psicopatia primária em líderes formais e a satisfação no trabalho dos subordinados oferece insights valiosos para a criação de ambientes de trabalho saudáveis. À medida que as empresas procuram criar e promover ambientes e climas laboral favoráveis, entender estes fenómenos e as suas relações torna-se crucial para implementar e fomentar práticas de liderança positivas e, assim, garantir o bem-estar dos trabalhadores.

Palavras-chave:

“Esta solução que foi alcançada é uma solução que, de alguma forma, dá uma resposta a um impasse dentro do espetro democrático, e isso é muito importante”, afirmou Inês de Sousa Real em declarações aos jornalistas.

A deputada única do PAN destacou “o papel da Assembleia da República, que desde ontem [terça-feira] permitiu não só afastar uma solução que passasse pelo Chega, por uma força política que põe em causa valores fundamentais da democracia”.

Sousa Real assinalou que esta é uma “solução semelhante ao Parlamento Europeu” e permite “um compromisso com a democracia e não garantir que há uma moeda de troca que passa por pôr em causa direitos fundamentais”.

“Nesse sentido, o PAN louva e saúda aquela que é a solução encontrada pelo Partido Socialista e pelo Partido Social Democrata, de repartirem o mandato”, salientou, considerando que “é uma solução que efetivamente afasta definitivamente o Chega”.

Tendo em conta “o empate” entre PS e PSD no número de deputados, a “Assembleia da República sai robustecida do ponto de vista democrático com esta solução”, sustentou, considerando que “é uma solução melhor do que estar a fazer depender um desbloqueio por um acordo entre o PSD e o Chega”.

A deputada recusou adiantar o sentido de voto, mas excluiu votar contra Aguiar-Branco.

A porta-voz do PAN apelou aos restantes partidos que “inviabilizem o nome proposto pelo Chega para a vice-presidência”, o deputado Diogo Pacheco de Amorim.

“Nós temos que acarinhar em democracia aquilo que são as forças políticas democráticas, não podemos, em momento algum, vacilar perante as ameaças que existem aos direitos fundamentais”, defendeu.

Inês de Sousa Real considerou também ser “difícil que a legislatura chegue até ao seu fim”.

O PS propôs ao PSD que a presidência da Assembleia da República seja repartida, proposta que os sociais-democratas aceitaram.

Nas duas primeiras sessões legislativas, até setembro de 2026, a liderança da Assembleia da República caberá ao nome proposto pelo PSD, que será Aguiar-Branco. O PS presidirá ao parlamento no resto da legislatura.

A Assembleia da República retomou hoje, pelas 15:00, a primeira sessão plenária da XVI legislatura para fazer a quarta tentativa de eleger o presidente do parlamento.

No arranque dos trabalhos, o deputado do PCP, António Filipe, que está a presidir a esta sessão inaugural, explicou que irão a votos duas candidaturas: a do deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco e do deputado do Chega Rui Paulo Sousa.

 

FM (SMA) // SF

O Papa renovou hoje o seu apelo à paz e ao fim dos conflitos em curso no mundo durante a audiência geral no Vaticano, demonstrando ainda melhorias no seu estado de saúde.

O Papa entrou sozinho com uma bengala na sala de audiências Paulo VI, no Vaticano, para participar na audiência geral e leu o seu texto previamente preparado com uma voz clara.

Ao discutir a virtude da paciência durante a audiência geral, Francisco renovou o seu apelo à paz e à cessação imediata dos conflitos em curso no mundo.

Francisco destacou durante a audiência que havia duas pessoas especiais na sala Paulo VI — “dois pais” –, um palestiniano e o outro israelita.

O Papa declarou que ambos perderam as filhas nos conflitos que atingem o Médio Oriente e que “ambos são amigos”.

“Eles não olharam para a inimizade criada pela guerra. (…) Eles procuraram a amizade entre dois homens que se preocuparam um com o outro e que passaram pela mesma crucificação”, afirmou.

A assessoria de comunicação do Vaticano disse que Abir, filha do palestiniano Bassam Aramin, foi morta em 2007 por um soldado israelita quando saáa da escola. A filha do israelita Rami Elhanan, Smadar, foi morta em 1997 num ataque em Jerusalém. A história de amizade dos dois homens foi contada no romance “Apeirogon”, de Colum McCann.

Francisco encontrou-se com os dois homens em privado antes da audiência geral e cumprimentou-os calorosamente no final.

A audiência foi o primeiro evento público de Francisco desde a missa do domingo de ramos, na praça de São Pedro, quando decidiu no último minuto pular a homilia, evitando discursar no início da Semana Santa, que colocará à prova a sua saúde cada vez mais frágil.

Francisco tem lutado intermitentemente durante todo o inverno contra problemas respiratórios, que provocaram o cancelamento de eventos e deixaram o Papa bastante combalido, necessitando da ajuda dos seus assessores.

O Vaticano também divulgou hoje a carta de Páscoa do Papa, na qual Francisco diz aos católicos na Terra Santa que “não estão sozinhos”.

“Vocês não estão sozinhos e não os deixaremos sozinhos, permaneceremos solidários convosco através da oração e da caridade prática”, afirmou Francisco.

CSR // APN

Os procuradores espanhóis pediram também condenações a um ano e meio de prisão por delitos de coação para o ex-treinador da seleção feminina de futebol de Espanha Jorge Vilda, para o antigo diretor de marketing da federação Rubén Rivera e para o diretor da seleção masculina, Albert Luque.

Estes pedidos de condenação foram enviados pelo Ministério Público ao juiz da Audiência Nacional espanhola que tutelou a instrução do caso e estão a ser divulgadas hoje por diversos meios de comunicação social em Espanha.

Além de uma pena de prisão, no caso de Luis Rubiales, os procuradores pediram que o ex-presidente da federação de futebol fique proibido de trabalhar no âmbito desportivo durante o mesmo tempo da condenação.

Os procuradores defenderam ainda que Rubiales fique proibido de contactar com Jenni Hermoso ou de estar a menos de 200 metros da jogadora durante quatro anos.

Em agosto do ano passado, Luis Rubiales beijou na boca Jenni Hermoso no estádio de Sidney, após a final do Mundial de futebol feminino, que Espanha venceu.

Jenni Hermoso disse que o beijo não foi consentido e queixou-se também de coações por parte de outros dirigentes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e da seleção feminina, que queriam que a jogadora corroborasse a versão diferente sobre o beijo que deu Luis Rubiales.

Em 25 de janeiro, a Audiência Nacional espanhola decidiu que o antigo presidente da RFEF vai a julgamento por este caso.

O juiz Francisco de Jorge considerou que o beijo em causa “não foi consentido” e que o selecionador Jorge Vilda, que também vai a julgamento, “exerceu pressão” sobre Hermoso.

Segundo o juiz, “o beijo não foi consentido, foi uma ação unilateral e de surpresa”.

“A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento”, indicou o juiz.

A argumentação foi neste sentido face às justificações de Rubiales, quando disse que a situação ocorreu num “momento de felicidade, de grande alegria e no momento”, rejeitando qualquer “conotação sexual”.

Já o juiz entendeu que este beijo na boca “afeta a esfera da intimidade, reservada às relações sexuais entre dois adultos”.

Além de Luis Rubiales, o magistrado decidiu levar também a julgamento o diretor da seleção masculina, Albert Luque, o antigo selecionador feminino Jorge Vilda e o antigo diretor de marketing da RFEF Rubén Rivera, pelas “pressões” exercidas sobre a jogadora após os acontecimentos.

Francisco de Jorge considerou ter existido ação concertada entre os três, com a conivência de Luis Rubiales, “para quebrarem a vontade de Jenni Hermoso e levarem a jogadora a gravar um vídeo referindo que o beijo tinha sido consentido”.

Após os acontecimentos, Rubiales recusou demitir-se do cargo de presidente da federação, o que acabou por fazer em 10 de setembro.

Por causa deste caso, a FIFA suspendeu Luis Rubiales por três anos de todas as atividades relacionadas com futebol.

O comportamento de Rubiales valeu-lhe ainda a abertura de processos disciplinares pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha, além da queixa na justiça apresentada por Jenni Hermoso.

MP (RPM/AO) // AMG

Palavras-chave:

“Acho uma excelente solução, porque é uma solução que desbloqueia um problema institucional grave, que tem que ver com a eleição do presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado português”, afirmou.

O deputado falava aos jornalistas na Assembleia da República depois da reunião da bancada parlamentar do PS.

“Houve um entendimento sério entre o PS e o PSD e, na base desse entendimento, o que ficou claro foi o seguinte; o PSD apresentará hoje um candidato que será o doutor Aguiar-Branco, à presidência da Assembleia da República, e nós votaremos essa candidatura, e daqui a dois anos, o PS apresentará o seu candidato”, assinalou.

Questionado se será o nome indicado pelo PS para assumir o cargo nessa altura, Francisco Assis recusou confirmar.

“Não consigo antecipar o que é que vai acontecer nos próximos dois anos, nem no PS, nem na minha vida e, portanto, nem eu próprio me vou autoacorrentar à ideia de vir a ser o próximo candidato. O que é certo é que vai ser alguém do PS, uma deputada ou um deputado do PS, [que] daqui a dois anos será presidente da Assembleia da República”, afirmou.

“Este acordo não foi um acordo para que hoje fosse eleito o doutor Aguiar-Branco e daqui a dois anos o eleito seja eu. Não foi um acordo assente na ideia de uma pessoa”, afirmou o deputado do PS, apesar de admitir que, “sendo deputado daqui a dois anos, naturalmente” que o seu “nome será equacionado, tal como foi agora”.

O PS propôs ao PSD que a presidência da Assembleia da República seja repartida, proposta que os sociais-democratas aceitaram, revelou hoje o líder parlamentar socialista.

Nas duas primeiras sessões legislativas, até setembro de 2026, a liderança da Assembleia da República caberá ao nome proposto pelo PSD, que será Aguiar-Branco. O PS presidirá ao parlamento no resto da legislatura.

O deputado defendeu o diálogo entre forças políticas e recusou que os “partidos democráticos” fiquem “reféns da agenda antidemocrática do Chega”.

“Esta é uma matéria em que se exigia um consenso por uma razão muito simples; para se eleger um presidente da Assembleia da República é preciso uma maioria de 116 deputados. Se não nos entendemos íamos andar aqui dias, semanas, meses a discutir isto e, isso sim, seria fazer o jogo do Chega”, assinalou.

E defendeu que “os partidos democráticos têm, em cenários de crise institucional, a obrigação absoluta de promover entendimentos”.

De acordo com Francisco Assis, este acordo “não tem implicações para além dele próprio”, nomeadamente quanto a uma eventual viabilização do Orçamento do Estado.

O deputado socialista salientou que “o PS não deixou de ser o partido de oposição e o principal partido de oposição neste país” e defendeu que não se pode “ter medo da ideia de que o Chega vai liderar a oposição alguma vez a Portugal”, recusando esse cenário.

“O Chega não representa uma oposição ao Governo, o Chega vai-se colocar numa perspetiva de oposição ao regime, de oposição ao regime democrático”, defendeu, prometendo um “sistemático combate a um partido que desqualifica a vida democrática, que procura desqualificar as instituições da democracia e que claramente queria agora que se criasse aqui um ambiente negativo em torno da Assembleia da República”.

O deputado socialista considerou igualmente que “os portugueses não querem é que se confunda o que deve ser uma disputa democrática, séria e civilizada, com uma espécie de guerra civil em que tudo vale”. 

Sobre o candidato a vice-presidente indicado pelo Chega, Diogo Pacheco de Amorim, Francisco Assis disse que “cada deputado votará de forma livre”.

O antigo líder parlamentar não quis antecipar se a legislatura vai ser cumprida até ao fim e excluiu-se da liderança da bancada do PS.

FM (SMA) // PC

A Exame Informática, com o apoio da PRIO e da Peugeot, vai participar no Campeonato de Portugal de Novas Energias, que se inicia com o EcoRally Portugal, em Oeiras.

PRIO – Exame Informática – Peugeot é o nome da equipa criada para participar na edição de 2024 do Campeonato de Portugal de Novas Energias (CPNE), um campeonato de ralis de regularidade, exclusivo para carros 100% elétricos de produção em série. Como em anos anteriores, a participação da Exame Informática tem, como principal objetivo, acompanhar, de muito perto, a evolução da mobilidade elétrica.

A grande novidade para este ano é ampliação da equipa, que passa a contar com dois carros da Peugeot. Além da dupla Sérgio Magno e Ana Joaquim, a equipa PRIO – Exame Informática – Peugeot contará com a dupla Ivo Tavares e João Paulo Martinho, ambos com vasta experiência em diferentes tipos de ralis.

No Eco Rally Portugal, a primeira prova do Campeonato de Portugal de Novas Energias, as duas duplas vão conduzir um Peugeot e-308 e um Peugeot e-208. Carros que já demonstraram, no CPNE 2023, capacidades dinâmicas apuradas e grande eficiência energética, duas características importantes para o CPNE.

Energias cada vez mais sustentáveis

Para a PRIO, “a participação no CPNE, em parceria com a Exame Informática e a Peugeot, reflete o real compromisso da marca com as esferas da sustentabilidade e inovação. A mobilidade elétrica está no ADN da PRIO e acreditamos no potencial das energias renováveis no dia-a-dia das pessoas, mas também no âmbito do desporto motorizado, que reúne muitos admiradores em Portugal”.

Esta empresa, uma das pioneiras na mobilidade elétrica em Portugal, considera que tem por missão “promover a transição para um futuro mais sustentável”, adicionando que é importante “liderar pelo exemplo”.

Ao apoiar este tipo de iniciativas, a PRIO pretende “inspirar a comunidade e outros players no mercado a adotar tecnologias limpas, e a reconhecer o potencial das energias renováveis, nomeadamente nas competições de automobilismo nacional”.

Peugeot: a caminho da eletrificação total

João Mendes, diretor da marca Peugeot, relembra que faltam apenas seis anos para que seja proibido vender automóveis com motores a combustão na União Europeia e, por isso, considera a participação no CPNE “muito importante para a Peugeot porque estamos a fazer esta transição”, relembrando que a marca francesa já tem uma forte oferta neste mercado e que “no futuro, queremos continuar esta liderança de mercado e, por isso, temos de fazer a transformação da nossa marca para uma marca elétrica”.

Para o diretor da marca Peugeot para Portugal e Espanha, a participação no CPNE também servirá para chegar a outro tipo de público e para aprender: “Não existe melhor do que estar convosco, que já conhecem tão bem estas novas tecnologias e nos podem ajudar a chegar a outro tipo de audiências”, adicionando que “podemos aprender convosco que, graças à vossa experiência, podem dar-nos feedback sobre como podemos estar presentes no mercado e quais as preocupações que devemos ter”.

Reforços ‘de peso’

Além da componente de acompanhamento da evolução da mobilidade elétrica e da possibilidade de testar os carros elétricos em condições particularmente exigentes, a Exame Informática também participa no CPNE para acompanhar, a partir ‘de dentro’, as provas deste campeonato.

João Paulo Martinho e Ivo Tavares, respetivamente navegador e piloto do Peugeot e-208 GT da equipa PRIO – Exame Informática – Peugeot. Fotografia: Luís Barra

Mas, com a entrada da dupla Ivo Tavares e João Paulo Martinho, a equipa PRIO – Exame Informática – Peugeot não esconde que também tem objetivos desportivos. Ivo Tavares antecipa uma grande competitividade: “Espera-se que este campeonato seja um dos mais disputados dos últimos anos, seja nas Novas Energias ou mesmo em qualquer campeonato de Portugal sob égide da FPAK”. Este piloto, que no ano passado participou no CPNE como navegador, antecipa que as primeiras provas serão, essencialmente, para adaptação ao carro e para garantir o entrosamento entre piloto e navegador, mas tem a expectativa de “no fim do ano, poder estar a discutir pódios e terminar entre os cinco primeiros na classificação final do campeonato”.

Atitude semelhante tem João Paulo Martinho, que reforça a importância do trabalho de equipa dentro do carro, especialmente em provas de regularidade: “Espero aprendermos juntos ao longo do campeonato, para tentarmos uma classificação que espelhe o nosso empenho e dedicação”. João Paulo Martinho, que participou, de forma intermitente, em várias provas de edições anteriores do CPNE, afirma que “foi com satisfação que aceitei o desafio lançado por Ivo Tavares para participar no CPNE 2024”. Apesar de os dois já se conhecerem “há muito tempo”, nunca competiram “dentro do mesmo carro”. O navegador do Peugeot e-208 GT da equipa PRIO– Exame Informática – Peugeot diz sentir “enorme responsabilidade em ocupar (com ele ao volante) o lugar onde ele tem sido várias vezes campeão”.

O Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO, edição 2024, será constituído por sete provas: Eco Rally Portugal (5 a 7 de abril), Azores Eco Rallye (26 a 28 de abril), EcoRally Proença-a-Nova (27 e 28 de julho), Gaia Eco Rally (7 e 8 de setembro), Eco Rally Madeira (5 e 6 de outubro), Eco Rally de Lisboa (1 e 2 de novembro) e E-Rally Reguengos – Mourão – Redondo (16 e 17 de novembro).

“A direção da associação reuniu-se em sessão extraordinária e decidiu suspender a greve por mais 30 dias”, disse Anselmo Muchave, presidente da APSUSM, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Segundo o responsável, a suspensão resulta das conversações mantidas com o Governo desde o anúncio, no domingo, do regresso à greve e que culminaram com o cumprimento de alguns pontos da reivindicação, entre os quais o enquadramento dos profissionais de saúde, visitas de monitorização às unidades hospitalares e a resolução das irregularidades no pagamento de subsídios.

No encontro, o Governo moçambicano apresentou documentos, entre “guias de remessa e recibos”, que provam a intenção de se adquirir ambulâncias, medicamentos, equipamento médico (uniformes, seringas, luvas fios de sutura, aventais de borracha e mobiliário hospitalar), além do pagamento de horas extraordinárias até ao fim de abril, algumas das queixas apresentadas pelos profissionais, segundo o presidente da associação.

“Os encontros técnicos entre a APSUSM e o Governo continuarão a acontecer” para monitorizar a efetivação dos pontos expostos, disse Anselmo, referindo que as horas extraordinárias de pelo menos 60 mil profissionais de saúde já foram pagas.

No domingo, a associação dos profissionais de saúde anunciou a retoma à greve, acusando o Governo de incumprimento dos acordos alcançados após a suspensão de uma primeira paralisação em agosto de 2023.

Em causa estava uma negociação que esteve em curso em 2023 entre o Governo moçambicano e a APSUSM, uma associação que abrange cerca de 65.000 profissionais e que esteve em greve entre agosto e novembro de 2023, por melhores condições de trabalho no setor público.

O Sistema Nacional de Saúde moçambicano enfrentou em julho e agosto de 2023 uma crise provocada por greves de funcionários, convocadas, primeiro, pela Associação Médica de Moçambique (AMM) e depois pela Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), ambos interrompidos para dar espaço ao diálogo com o Governo.

Entre outros aspetos, no seu caderno reivindicativo, a APSUSM exige que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, que têm, em alguns casos, de ser adquiridos pelos pacientes, a aquisição de camas hospitalares, a resolução do problema da “falta de alimentação” nas unidades de saúde, bem como equipar ambulâncias com materiais de emergência para suporte rápido de vida ou de equipamentos de proteção individual não descartável, cuja falta vai “obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso”.

LN (EAC) // VM

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